Arte dos povos indígenas do Rio Negro é destaque em São Paulo

Em 30 de abril, a arte dos povos indígenas do Rio Negro estará em evidência no evento “Indígena, ancestral e feminina: a arte do Rio Negro que é patrimônio do Brasil”. A ação será realizada na Bemglô (rua Oscar Freire, 1105, em São Paulo), espaço dedicado a produtos sustentáveis, que tem como sócios Gloria Pires, Orlando Morais e Betty Prado.

Programada para acontecer entre 11h e 17h, a iniciativa é promovida por Bemglô, Instituto Socioambiental (ISA), rede Origens Brasil® e Tucum.

O evento permitirá aos visitantes conhecer e adquirir produtos do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (conjunto de práticas e saberes milenares dos povos locais, reconhecido em 2010 como patrimônio imaterial do Brasil) e cerâmicas produzidas pelos povos Tukano e Baniwa. Parte de uma tradição milenar, as obras são feitas por mulheres e têm ligações profundas com a floresta e o sagrado.

Participantes podem apreciar a arte indígena, feminina e ancestral das cerâmicas Baniwa e Tukano (Fotos: Divulgação / Tucum Brasil)

As relações comerciais que levam as cerâmicas até os consumidores ocorrem no âmbito da rede Origens Brasil®, administrada pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e composta por empresas, povos indígenas e populações tradicionais, instituições de apoio e organizações comunitárias, com o objetivo de promover negócios que contribuam com o bem-viver dos povos da floresta e a conservação da Amazônia. Tanto as empresas e organizações que participam do encontro são membros da rede Origens Brasil®.

O evento também será palco do pré-lançamento dos livros de bolso Cerâmica Tukano e Cerâmica Baniwa, realizados em parceria entre a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e o ISA, com apoio de União Europeia e Nia Tero.

Roda de conversa

Além disso, os participantes poderão acompanhar uma roda de conversas para abordar temas ligados à cultura e aos produtos da Amazônia, das 15h às 16h, com André Baniwa, Adriana Rodrigues, Amanda Santana e Patrícia Cota Gomes. André Baniwa é vice-presidente da Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi), liderança do povo Baniwa, além de empreendedor social e escritor.

A historiadora e pesquisadora dos temas política de patrimônio imaterial, sistema agrícola tradicional quilombola e tecnociência solidária, Adriana Rodrigues, atua como analista de pesquisa no Instituto Socioambiental (ISA) na área da economia da sociobiodiversidade e políticas públicas alimentares. Também participante da roda de conversa Amanda Santana é sócia-fundadora e diretora criativa da Tucum Brasil e atua como indigenista há 10 anos, auxiliando no desenvolvimento das cadeias produtivas do artesanato junto às comunidades e organizações indígenas do Brasil.

Patrícia Cota Gomes, engenheira florestal com mestrado em gestão de florestas tropicais, é gerente no Imaflora (onde atua há 21 anos) e na rede Origens Brasil®, também estará no encontro. Nos últimos anos, Patrícia tem trabalhado na articulação de pessoas e de soluções que ajudam a valorizar a Amazônia de pé e os povos da floresta.

Realizadores

A iniciativa é promovida por Bemglô, Instituto Socioambiental (ISA), rede Origens Brasil® e Tucum. A Bemglô é uma plataforma colaborativa, criada a partir da sociedade de Orlando Morais, Glória Pires e Betty Prado, que compartilha produtos que contam a história de quem faz, chamada carinhosamente de Rede do Bem. Uma Rede que conecta talentos, criatividade e saberes ancestrais, oferecendo produtos dentro da filosofia do Comércio Justo, nos segmentos de artesanato brasileiro, cosmética natural, design e moda consciente, além da gastronomia da floresta.

O Instituto Socioambiental (ISA), uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, desde 1994, atua na proposição de soluções integradas para questões sociais e ambientais com foco central na defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos.

A rede Origens Brasil® surgiu em 2016, a partir de uma iniciativa entre produtores da floresta, o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e o ISA (Instituto Socioambiental). O Origens Brasil® é reconhecido e respeitado por seu fomento à economia local dos produtores da Amazônia.

E a Tucum, plataforma das Artes Indígenas do Brasil, desde 2013, integra o grupo de realizadores do evento. A Tucum apoia comunidades, artistas e iniciativas de mais de 50 povos indígenas na estruturação, logística, comunicação e comercialização de suas artes.

Serviço
Onde
: R. Oscar Freire, 1105 – Jardim Paulista, São Paulo – SP
Quando: 30 de abril, das 11h às 16h

Fotos: Divulgação / Tucum Brasil

Anvisa aprova terapia combinada para câncer de pulmão

O câncer de pulmão é o segundo tipo mais incidente no Brasil, acaba de ganhar o tratamento combinado, até então inédito no país. A terapia combinada associando quimioterapia, imunoterapia e antiangiogênicos acaba de ser aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e já está disponível na rede privada.

Esse é um dos temas do evento “Tenho Câncer, e agora?”, que será realizado no próximo dia 3 de agosto, em São Paulo. O evento tem inscrições gratuitas e é aberto à população em geral. Para se inscrever basta acessar o site www.tenhocancereagora.com.br ou 0800 – 773-3241 e 11 3721 5317. Um dos palestrantes será o oncologista Dr. William Willian Junior. Ele dirige o departamento de Hematologia e Oncologia do Hospital BP, antiga Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O palestrante vai falar exatamente sobre a “terapia alvo, pequenas moléculas, grandes impactos”. O Dr. William, que esteve no maior congresso de oncologia do mundo, realizado em junho deste ano, em Chicago, traz as informações mais recentes sobre o assunto. E adianta que vai apresentar números impressionantes sobre a eficácia da terapia alvo. No caso de um tipo específico de câncer avançado de pulmão, com mutações nos genes EGFR e ALK, por exemplo, antes da terapia alvo, os pacientes viviam entre 10 e 12 meses. Agora vivem entre quatro e cinco anos, segundo os mais recentes estudos apresentados em Chicago.

Essa estratégia de usar novas categorias de medicamentos para bloquear a função do tal motorzinho dentro da célula cancerígena, matando-a e impedindo sua proliferação, tem apresentado resultados animadores em pacientes em estado avançado da doença. “Se o esquema terá o mesmo resultado positivo em pacientes com estados iniciais, ainda não se sabe”, alerta o Dr. William.

O processo de aprendizagem sobre o comportamento das células cancerígenas é contínuo. O palestrante do “Tenho Câncer, e agora?” comenta ainda estudos que mostraram que, dependendo da doença, as células doentes se tornam resistentes à terapia alvo, o que complica ainda mais a busca pela cura ou o esforço para transformar uma doença incurável em doença crônica, portanto, tratável.

SERVIÇO

Tenho Câncer, e agora?

Data: 3 agosto

Horário: 8h às 13h30

Local: Hotel Pullman Vila Olímpia

R. Olimpíadas, 205 – Vila Olímpia, São Paulo – SP

Inscrições gratuitas, vagas limitadas: 0800 – 773-3241 ou 11 -3721-5317

Startup usa bactérias na despoluição das águas de rios e lagos

Agência Sebrae

A tragédia do rompimento da barragem em Brumadinho não só gerou uma onda de solidariedade em todo o país, mas também colocou a tecnologia a favor das vítimas. Como fez em 2015, no acidente semelhante ocorrido em Mariana, também em Minas Gerais, a O2eco, uma startup de São Paulo, disponibilizou seu processo de limpeza de água, que usa bactérias na regeneração de áreas poluídas de rios, lagos, lagoas, entre outros, para ajudar na limpeza das águas próximas ao local do desastre. A empresa se enquadra no 14º dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Desde 2015, a instituição é parceira do Sebrae no fomento aos negócios de impacto social e ambiental.

Segundo Luís Fernando Magalhães, um dos quatro sócios da O2eco, o processo utilizado pela startup veio da Austrália, país onde morou por 14 anos. Hoje, a empresa tem licenciamento para fabricar o produto no Brasil. “Usamos uma placa de cera com nanominerais dentro dela para estimular a criação de bactérias saudáveis que ajudam na limpeza de lagos, rios e lagoas”, explica Magalhães. Ele detalha que com o uso da tecnologia, a produção de bactérias pode crescer de oito mil vezes para 10 milhões de vezes a cada 10 horas. “Isso faz com que o consumo de materiais orgânicos e inorgânicos seja mais rápido e, depois, com a água sem sujeira, as bactérias morrem de inanição”.

A primeira experiência da startup em um desastre ocorreu em 2015, após o rompimento da barragem de minério em Mariana. A O2eco foi chamada para fazer o trabalho no Rio Doce, que ficou contaminado pela lama projetada na água. Segundo Magalhães, o processo de descontaminação foi positivo e conseguiu, por exemplo, abaixar o nível do alumínio derramado em torno de 57% em cinco semanas. As placas utilizadas nos rios podem ter uma vida útil de até nove meses.

De origem australiana, o processo utilizado por Magalhães e seus outros três sócios também já existe em 11 países do mundo, mas não apenas para a limpeza de ambientes hídricos, como também em outras áreas. Em estações de tratamento, os meios usados são os mesmos dos rios, que é por meio da bioestimulação de microrganismos que aceleram a despoluição. Além disso, a tecnologia pode ser utilizada no agronegócio, principalmente no descarte de material orgânico. Segundo o empresário, todo o processo é feito sem produtos químicos, assim como nos tanques utilizados na aquicultura, que possuem uma densidade muito grande de animais e carga orgânica.

Sediada em São José dos Campos, no interior de São Paulo, a O2eco também é considerada um negócio social, já que seus sócios doam tratamento de água para cidades, como fez no próprio município onde está instalada, No Rio de Janeiro, a startup disponibilizou um trabalho gratuito em uma área de até 10 mil metros quadrados. “Nós temos um propósito social e ambiental”, afirma Magalhães. Segundo ele, a tecnologia da despoluição da empresa também está à disposição de escolas.

Foto: Agência EBC

Faculdade de São Paulo oferece pós em Gerontologia e Geriatria

A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo oferece o curso de Pós-graduação (lato sensu) em Enfermagem em Gerontologia e Geriatria. O público-alvo são enfermeiros.

O objetivo é que o aluno tenha condições para prestar assistência de enfermagem de qualidade, fundamentada em conhecimentos científicos ao idoso em seu processo de envelhecimento biopsicoemocional promovendo qualidade de vida; prestar assistência de enfermagem humanizada ao idoso no processo de saúde e doença nos diferentes níveis de atenção (desde a atenção básica à alta complexidade); e desenvolver o pensamento crítico e a tomada de decisão.

As inscrições podem ser feitas até 31 de julho de 2018.

Informações: http://www.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/cursos-graduacao/2012-11-06-12-45-05/enfermagem-em-gerontologia-geriatria

Exposição revela olhar de artistas sobre expedição na Amazônia

O Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), em São Paulo (SP), abriu até dia 29 de julho a exposição “Amazônia: os novos viajantes”. Cerca de 30 artistas com curadoria de Cauê Alves e Lúcia Lohmann expõem quadros e esculturas que resgatam questões ambientais.

Diferente das exposições de artes plásticas recentes que ocorreram sobre o assunto, essa exposição inova ao partir de uma pesquisa científica sobre a origem da Amazônia, coordenada pela professora Lúcia Lohmann, doutora em biologia, onde artistas foram levados em uma expedição de coleta junto com cientistas.

Exposição ficará aberta ao público no MuBE em São Paulo até dia 29 de julho, com entrada franca (Foto: Divulgação)

“Amazônia: os novos viajantes” está dividida em três núcleos principais: Núcleo Histórico, que traz obras originais dos primeiros viajantes que desbravaram a Amazônia nos séculos passados; Núcleo Científico, que incluirá um filme sobre a expedição científica e amostras coletadas pela equipe da bióloga; e o Núcleo de Arte, que apresentará obras de artistas que fizeram parte da expedição científica e produziram seus trabalhos a partir dela, assim como também obras de artistas que estiveram na região em outras épocas e fizeram seu trabalho a partir de suas próprias viagens.

A exposição tem apoio da empresa Hidrovias do Brasil, que atua na Amazônia como operadora logística no escoamento de grãos. “A Hidrovias tem como pilares estratégicos a preservação do meio ambiente e atuação social nas comunidades em que se encontra. Isto, atrelado ao fato de atuarmos no Norte do País nos levou a patrocinar esta exposição. Todas as obras expostas remetem a importância da preservação da região amazônica”, afirma Lilia Vieira, vice presidente de Recursos Humanos e Sustentabilidade da Hidrovias do Brasil

 

Serviço

“Amazônia: os novos viajantes”

Curadoria Cauê Alves e Lúcia Lohmann

Local: MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (Rua Alemanha 221, Jardim Europa, São Paulo – SP)

Terça a domingo, das 10h às 18h

Entrada franca

Encerramento: 29 de julho de 2018