Eirunepé inaugura ala com 19 leitos exclusivos para tratamento de covid-19 e prorroga restrições do comércio no município

A Prefeitura de Eirunepé inaugurou no último domingo, 31 de maio, uma nova ala no Hospital Regional Vinicius Conrado, com 19 leitos de enfermaria, que já está funcionando e atendendo pacientes com covid-19. Com a entrega, a unidade de saúde passa de 61 para 80 leitos disponíveis. Também foi publicado um decreto que prorroga as restrições para o funcionamento do comércio do município até dia 30 deste mês.

A inauguração foi realizada pelo prefeito Raylan Barroso, junto com secretário Executivo Adjunto de Atenção Especializada do Interior, da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Cássio Roberto do Espírito Santo.

O local, que foi todo reformado e adaptado pela prefeitura, agora funciona exclusivamente para atender pessoas com sintomas de síndrome gripal inclusive possíveis pacientes de covid-19, em baixa e média complexidade. A ala foi equipada com três respiradores mecânicos, cardiovessor, bomba de infusão, monitores, cápsulas “Vanessa”, entre outros.

O secretário da Susam falou sobre a participação do Estado e no apoio dado à prefeitura neste momento de pandemia. “Estamos integrando três leitos de Unidades de Cuidados Intermediários completos, com respiradores invasivos, com bombas de infusão, como monitores e desfibrilador, projeto este do Governo do Estado, que apoia neste momento de pandemia os municípios polos, em parceria com o governo federal, governo estadual e prefeitura, vamos atendendo as demandas do estado, para melhorar a qualidade de saúde da população”, finalizou Cássio.

A prefeitura garantiu que o espaço, além de equipamentos, também conte com uma equipe completa de profissionais formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e motorista, todos atuando com equipamentos de proteção indicados para garantir a proteção da equipe.

“Esta é uma ala preparada para atender as pessoas infectadas com a Covid-19, que construímos e equipamos pensando em salvar vidas neste momento tão difícil.  Estamos adquirindo equipamentos, insumos, EPIs, entre outros, em grande parte com recursos próprios, mas também com a ajuda do Governo do Amazonas que tem sido um grande parceiro e que ajudou muito na implantação deste espaço no hospital”, disse o prefeito Raylan Barroso.

O chefe do executivo de Eirunepé lembrou que a prefeitura também adquiriu aparelhos respiradores e BiPAPs para ampliar a oferta de tratamento na cidade.

Prorrogação

Já na manhã de segunda-feira, a prefeitura de Eirunepé prorrogou as medidas de enfrentamento à disseminação do covid-19 no município. O novo decreto se estende até dia 30 de junho.

No texto da publicação, fica definido que o horário de funcionamento dos estabelecimentos de comércio varejista em geral e de prestação de serviços no município de Eirunepé será de segunda à sexta-feira, das 7h às 11h e das 14h às 17h. No sábado e domingo o funcionamento será das 7h às 12h. 

Foto: divulgação

Rede Feminina de Combate ao Câncer promove encontro com primeiras-damas do Amazonas

Com a proposta de democratizar o debate acerca do câncer e seus fatores de risco, e levar ao interior informações sobre a sistemática do tratamento ofertado na capital, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas (RFCC-AM) realiza, no próximo dia 9, o 1º Encontro das Primeiras-Damas para a adesão à causa. “Queremos provocar o envolvimento das participantes nos projetos sociais desenvolvidos pela ONG, ao longo dos últimos 47 anos. Essa experiência poderá auxiliá-las na criação de novas políticas públicas municipais e no planejamento das ações de prevenção nas localidades mais afastadas”, explicou a presidente da instituição, enfermeira Marília Muniz.

O evento acontece no auditório da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) – rua Francisco Orellana, Dom Pedro -, a partir das 9h, com vasta programação, que inclui palestras diversas e uma visita à sede da Liga Amazonense Contra o Câncer (Lacc), instituição parceira, que atua há mais de 60 anos no Estado, com importantes projetos que auxiliam pacientes oncológicos de baixa renda. O presidente da Lacc, mastologista Jesus Pinheiro, também foi convidado para falar do trabalho realizado pela entidade.

“Hoje, os pacientes com câncer, oriundos do interior, são encaminhados à capital para tratamento especializado, e tem o apoio das ONGs que atuam em parceria com a FCecon, no reforço do acolhimento. No ciclo de palestras e rodas de conversa ofertados durante o evento, trataremos dessa temática e teremos a participação de pacientes que vivenciam o câncer e que enfrentam essa batalha, diariamente, em busca da cura”, frisou Muniz.

Além das primeiras-damas dos 62 municípios amazonenses, o evento também é aberto aos participantes das organizações sociais do Amazonas. Também participarão da atividade enquanto convidados, representantes do Centro de Integração Amigas da Mama (Ciam), membros da FCecon, o cardiologista Aristóteles Comte de Alencar Filho, e a cantora Lili Andrade, que participará como voluntária, durante a apresentação do Hino Nacional.

Na ocasião, os palestrantes também tratarão da incidência da doença no Amazonas, que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), subordinado ao Ministério da Saúde (MS), deve registrar 5.860 novos diagnósticos em 2018, a maior parte, em mulheres. “Queremos que as primeiras-damas participem desse movimento que busca alertar a população sobre os fatores de risco e, ao mesmo tempo, atua na acolhida dos portadores da doença, ajudando em questões como hospedagem, transporte, entre outros”, reforçou Muniz.

Sobre a Rede Feminina

A Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas (RFCC-AM) é uma Organização Não Governamental (ONG) que atua no Estado há 47 anos e atende, prioritariamente, pessoas com diagnóstico de neoplasias malignas em tratamento na FCecon. Oficializada pela Srª Carmem Prudente, então presidente da Rede Feminina Nacional, a Rede Feminina no Amazonas teve como primeira presidente, a Srª Marlene Braga de Souza, personalidade atuante nas causas sociais no Estado.

A RFCC adquiriu personalidade jurídica no dia 8 de abril de 1978, como um Departamento da Liga Amazonense Contra o Câncer, mas tornou-se independente em dezembro de 2003. Marlene Braga de Souza ficou à frente da ONG por longos 40 anos (1971/2011) e manteve sua equipe de voluntárias até janeiro de 2011, quando todas decidiram aposentar-se. Hoje, a ONG é vinculada à Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) e é presidida pela enfermeira oncológica Marília Muniz.

Atualmente, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas dispõe de 40 voluntárias e desenvolve seis projetos voltados para pacientes em situação de vulnerabilidade social, principalmente, aqueles procedentes dos municípios do interior, de outros Estados e até mesmo países vizinhos.

Foto: Divulgação