Curso de informática específico para idosos ganha adeptos em Manaus

O Curso de Informática para a Terceira Idade do Senac Amazonas vem ganhando espaço e cada vez mais adeptos. A flexibilidade do horário, o atendimento individual e o preço acessível são pontos favoráveis da modalidade. O curso, que tem na ementa Windows, Internet e Rede Sociais, custa o valor de R$ 140.

A modalidade é ofertada nas unidades do Senac Centro, Chapada e Cidade Nova, por meio da Escola Interativa. O espaço é exclusivo para alunos que buscam qualificação e ensino, mas que preferem fazer o seu horário de estudo, como a aposentada Itelvina Leny dos Santos , 73.

“Eu tenho achado o curso muito bom. Tenho aprendido tanto. Temos liberdade para chegar a hora que quer, ficar só no computador, sem ninguém cutucando. Eu acho melhor assim. Aqui é só, tem que aprender só. O resultado final é meter a cara pra saber mesmo”, disse Itelvina.

A “jovem” estudante, como ela se intitula, que já fez cursos de corte e costura, datilografia, bordado e culinária, dessa vez se desafiou e afirma está contente com a escolha e promete não parar por aqui.

“Eu tenho muita dificuldade em lidar com o celular, com as coisas novas de tecnologia. Tinha que ficar pedindo dos outros. Pensei comigo mesma: Não, vou é aprender esse negócio. Quando terminar esse, vou pro avançado. Não vou sair daqui tão cedo”, brincou.

Para a doméstica Rosalba Souza, 54, o curso de informática básica é uma oportunidade. Ela frequenta a unidade do Senac duas vezes ao dia e, no seu tempo, adquiri o conhecimento desejado para conquistar a volta para o mercado de trabalho.

“Chego aqui e faço meus trabalhinhos sem pressa. Escrevo tudo, respondo as perguntas e vou aprendendo. Fiquei muito tempo parada, pensava muito no trabalho e, agora, estou aproveitando meu tempo. Meu ex-patrão quer me chamar pra distribuidora dele e pediu pra eu fazer o curso, estou me preparando”, contou eufórica.

Tempo

De acordo com o professor Rodrigo Silva, que acompanha os alunos na unidade do Senac Chapada, os idosos optam pelo curso devido a flexibilidade do tempo e liberdade no momento do aprendizado.

“A principal diferença dos cursos da Escola Interativa é essa, a flexibilidade de horário. Outros pontos que são destacados por eles também são questões como acompanhamento individual, o início imediato e a liberdade de aprender só não necessariamente precisa esperar fechar uma turma pra começar”, destacou.

Além do curso de informática para idosos, a Escola Interativa Senac oferta cursos presenciais de digitação, criação de games no Construct 2, criação de artes gráficas, técnicas para secretárias, práticas administrativas de escritório, departamento pessoal, informática kids e outros.

Foto: Fecomércio/Ascom

Acadêmico une culinárias mineira e amazônica na criação de linguiças

Unir as culinárias mineira e amazonense foi o desafio do acadêmico de Gastronomia da Faculdade de Tecnologia Senac Amazonas (Fatese AM), Aldaclécio Aguilar. O capitão do Exército Brasileiro juntou os conhecimentos adquiridos em Minas Gerais com as iguarias do Amazonas e desenvolveu linguiças artesanais que possuem gosto único.

Segundo Aguilar, que é mineiro, o projeto empreendedor “Encontro de Sabores” surgiu em sala de aula e contou com o apoio dos professores da Fatese, que participaram desde a concepção do diferencial do produto até a degustação e avaliação nutricional das linguiças.  No entanto, foram os colegas de quartel que davam feedback  sobre os sabores.

“Atualmente, eu estou atuando sozinho no projeto, com a assessoria e o apoio dos professores do Senac, nas áreas de alimentação ou gestão, por exemplo. A comercialização tem sido feita devagar, a princípio com amigos do quartel para ver a receptividade do produto e a aceitação tem sido muito boa”, disse.

Conforme o militar, no primeiro momento o projeto buscou a junção de sabores entre a linguiça de porco com sabores da Amazônia. Atualmente, são produzidas linguiças com jambu e tucupi, tucumã com queijo coalho, pimenta murupi com calabresa, queijo manteiga regional e a de pirarucu com alcaparras.

“Além dos sabores com iguarias amazônicas também temos outras tradicionais. A pura com azeitona e outra com alho. Estamos desenvolvendo a de pirarucu com camarão e outras linguiças de carne vermelha, a amazônica quente e a amazônica fria que possui temperos como tucupi, murupi, alho, cheiro verde e recheio de queijo coalho, sendo uma com pimenta e outra sem”, explicou Aguilar.

 

Aldaclécio Aguilar juntou os conhecimentos adquiridos em Minas Gerais com as iguarias do Amazonas e desenvolveu linguiças artesanais que possuem gosto único

O empreendedor conta que há uma preocupação em conhecer o valor nutricional de cada produto empregado na concepção das linguiças artesanais bem como no uso de temperos que tornem o alimento saboroso e, ao mesmo tempo, mais saudável.

“Temos aplicado todo aprendizado de sala de aula no projeto. Os nossos temperos são exclusivos, por exemplo, usamos o sal rosa do Himalaia em todas as preparações que é para justamente reduzir o índice de sódio e tornar o produto mais saudável. É uma prioridade usarmos matéria-prima fresca, de boa qualidade e procedência”, conta.

A junção das culinárias chamou a atenção pela proposta inovadora e, claro, pelo sabor diferenciado. O projeto “Encontro de Sabores” do Aguilar vem tomando novas proporções e passou a contar com o apoio da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, que será responsável pelo pirarucu usado na composição das linguiças.

“Participei recentemente de um evento da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) na qual tive a oportunidade de apresentar o projeto e foi um momento bem interessante, pois percebi a grande aceitação do público. Tivemos bons comentários só com a apresentação, sem a degustação. Na ocasião também vendi todas as amostras que levei”, finaliza.

O projeto do acadêmico de gastronomia da Faculdade Senac AM também foi classificado para o Prêmio Vire Manaus 2018, que reconhece iniciativas de empreendedores sustentáveis que favoreçam a cidade.

Fotos: Ascom Fecomercio