Má alimentação e sedentarismo são fatores de risco para a disfunção erétil

Aproximadamente 50% dos homens acima dos 40 anos apresentam algum grau de disfunção erétil. Quanto mais idoso é o homem, maior a probabilidade de apresentar o problema, seja pela idade avançada ou pela maior prevalência de doenças nessa faixa etária, fatores que influenciam o distúrbio da ereção. Os dados são da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Em boa parte dos casos, a alteração pode ser prevenida a partir da alimentação.

Ainda segundo a pesquisa, 56% dos homens que sofrem com o problema afirmaram ser hipertensos, 19% diabéticos, 13% têm colesterol alto e 12% deles são cardíacos. A realidade identificada no Brasil também encontra paralelos no exterior. Uma pesquisa realizada pela Escola de Saúde Pública de Harvard mostrou que a obesidade e o sedentarismo aumentam as chances de disfunção erétil. Isto porque, a alteração no sistema circulatório reflete diretamente na ereção.

“O acúmulo de gordura abdominal não é, necessariamente, a causa do problema, mas as alterações metabólicas decorrentes da obesidade podem gerar problemas sexuais”, explica o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Dr. Giuseppe Figliuolo.

Alimentos com muito açúcar também podem ser prejudiciais. Os carboidratos servem para fornecer energia ao organismo, mas se forem consumidos em excesso – principalmente no caso dos sedentários – eles não serão totalmente utilizados pelo organismo e acabarão ajudando a aumentar o depósito de gordura no corpo.

Consumir alimentos riscos em gordura insaturada ou trans, presente em frituras como batata-frita, pastel, sanduíche, entre outros, também pode causar prejuízo a médio e longo prazo.

O quê é disfunção erétil?

A disfunção erétil (DE), também chamada de impotência sexual, é a dificuldade de manter a ereção peniana, em pelo menos 50% das tentativas, por tempo suficiente para permitir a penetração vaginal e a satisfação sexual.

Figliuolo explica, ainda, que a automedicação não é recomendada, uma vez que não existe o chamado “efeito milagroso”. “O que estimula a ereção é o desejo; o medicamento só funcionará se houver este fator associado. Também não é recomendável a utilização deste meio por homens saudáveis com a intenção de prolongar o efeito da ereção. Isto pode ocasionar riscos à Saúde”, afirma o urologista.  

Alimentação saudável ajuda a manter a ereção

Mais comum a partir dos 40 anos, a disfunção erétil de causa orgânica está relacionada a uma causa física. Problemas cardiovasculares, metabólicos, neurológicos, hormonais, cirurgias ou uso de certos medicamentos ou substâncias são os motivos mais frequentes por trás do problema.  Por isso, a atenção à qualidade dos alimentos ingeridos ajuda a manter a saúde do corpo, a circulação do sangue e, consequentemente, a ereção.

“Bons hábitos devem ser mantidos, como praticar atividade física com regularidade, dormir bem, ter uma alimentação balanceada, evitar bebidas alcoólicas e cigarro e controlar o diabetes. Além disso, é importante evitar traumas na região para não comprometer as ereções”, explica Giuseppe Figiliuolo.

Ele ressalta que, em situações como a embriaguez, por exemplo, a inibição circulatória pode ser tão grande, que a ereção não se sustenta. Além disso, a desidratação resultante do consumo excessivo de álcool também pode atrapalhar a circulação no pênis. Outro fator que implica na disfunção erétil é o consumo de drogas ilícitas.

“Embora possa proporcionar a sensação de melhora inicialmente, ao longo do tempo e com o uso excessivo, essas substâncias tendem a prejudicar a ereção e a libido por conta dos efeitos no cérebro”, explica. O mesmo serve para o cigarro, devido à presença de elementos que entopem a microcirculação, o que atinge também o pênis e a ereção. 

Preservar os bons hábitos influenciam também na qualidade do sono, o que afeta a ereção masculina. “A falta de sono aumenta as chances de problemas cardiovasculares e diabetes e favorece o ganho de peso, que são fatores que contribuem para a impotência”, explica o especialista.

Tratamento

Praticar atividade física regulares, perder peso, interromper o uso de tabaco e drogas ilícitas, além da moderação no uso de álcool, são medidas que podem ter um impacto positivo na função erétil. Em casos amenos, apenas esse tipo de mudança é suficiente para resolver o problema.

Em outros casos, a tecnologia tem sido grande aliada no tratamento. Considerada uma terapia não invasiva, a Aires Shock Wave, recurso à base de ondas de choque extracorpóreas de baixa intensidade, promove estímulos que ajudam a corrigir a disfunção erétil no tecido peniano e pélvico, resultando no aumento do fluxo sanguíneo, fator necessário para atingir e manter uma ereção suficiente para o desempenho sexual. O tratamento realizado na Urocentro, único na Região Norte, está disponível para pacientes, mediante avaliação médica.  

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Desconhecida entre os homens, doença de Peyronie pode ocasionar problemas de ereção e levar à depressão

Patologia desconhecida para grande parte da população, a Doença de Peyronie, cuja principal característica é a deformidade do pênis, atinge cerca de 150 mil homens no Brasil, anualmente. Além de causar dores e desconforto durante as relações sexuais, ela pode levar à disfunção erétil e a quadros de depressão em grande parte dos pacientes. “A doença é caracterizada por uma fibrose adquirida na parte interna do pênis, que dificulta a vasodilatação e, consequentemente, a manutenção da ereção. A boa notícia é que tem tratamento”, explicou o cirurgião urologista da Clínica Urocentro, Giuseppe Figliuolo.

Segundo o especialista, os principais sinais da doença são: deformidade do pênis, como afinamento, mudança na curvatura para um dos lados ou para baixo e caroços notados na extensão do pênis enquanto está flácido. Por isso, ele destaca que é importante que o homem faça o auto-exame, para constatar eventuais alterações e, assim, buscar a ajuda de um médico.

A fibrose adquirida pode ter diferentes tamanhos. “E mesmo que um homem apresente uma fibrose em uma área do órgão genital, não significa que não possa desenvolver outras. A fibrose é como se fosse uma cicatriz dentro do pênis, que reduz a elasticidade. Daí a explicação para as deformidades”, frisou.

As principais causas relacionadas à doença são: diabetes, uso de injeções intracavernosas (dentro do pênis) para estimular a rigidez, diabetes – que favorece o aparecimento de fibroses por reduzir a vascularização do órgão – e eventuais lesões aos nervos e artérias próximos à próstata e ao reto, durante cirurgias muito invasivas.

O urologista explica que, dependendo do estágio da doença, a patologia pode ser tratada clinicamente, com o auxílio de medicamentos, com procedimentos cirúrgicos ou, ainda, com ondas de choque de baixa intensidade, sendo este último o mais recente deles e realizado de forma indolor, com resultados acima das expectativas. Alguns tratamentos podem, inclusive, corrigir a curvatura do pênis.

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Tecnologia promete revolucionar o tratamento contra a disfunção erétil no Amazonas

A tecnologia de ponta denominada Aires Shock Wave, considerada uma terapia não invasiva à base de ondas de choque extracorpóreas de baixa intensidade, já está disponível em Manaus, na clínica Urocentro (rua Fortaleza, Adrianópolis, zona Centro-Sul), a primeira a adquirir, na região Norte, o aparelho Dornier Aires, da Medtech, para o tratamento da impotência sexual. De acordo com o cirurgião urologista Giuseppe Figliuolo, os estímulos das ondas ajudam a corrigir a disfunção erétil no tecido peniano e pélvico, resultando no aumento do fluxo sanguíneo, fator necessário para atingir e manter uma ereção suficiente para o desempenho sexual.

A disfunção erétil é a incapacidade de alcançar ou manter ereção peniana adequada para a satisfação sexual. Ela ocorre em graus variáveis e prejudica a qualidade de vida é o bem-estar pessoal, atingindo, inclusive, o ciclo social dos homens acometidos pelo problema.

“Decidimos adquirir essa tecnologia porque sabemos o quão importante é corrigir esse problema e trazer novas alternativas de tratamento aos homens, uma vez que a disfunção erétil é algo bastante prevalente nos dias de hoje e afeta, inclusive, a qualidade de vida do casal”, disse Figliuolo.

De acordo com o especialista, o tratamento com ondas de choque de baixa intensidade é indicado para casos de disfunção erétil orgânica vasculogênica, que está diretamente relacionada a doenças cardiovasculares e endocrinometabólicas, como hipertensão arterial, diabetes e obesidade. Juntas, essas doenças formam a chamada síndrome metabólica.

A terapia à base de ondas de choque entra na lista dos tratamentos de reabilitação, pois restaura o mecanismo da função erétil, considerando a propagação da energia causada durante a aplicação. Em geral, o tratamento é rápido e indolor.

Presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, seccional Amazonas, Giuseppe Figliuolo destaca que a impotência sexual é o pesadelo da população masculina e pode acometer tanto homens jovens, de 30 anos, por exemplo, quanto os mais velhos, de 60 anos ou mais.

“Mesmo havendo inúmeros tratamentos para a impotência sexual, lembramos sempre que o aumento da gordura abdominal e o sedentarismo são fatores que contribuem para um quadro de disfunção”, frisou, reforçando que as atividades físicas regulares e uma alimentação saudável podem ajudar a prevenir o problema.

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