A amizade faz bem à saúde tanto mental quanto social do indivíduo. Dividir momentos com pessoas, no trabalho, da família ou mesmo nas relações amorosas pode ser fundamental para o amadurecimento. Com o avanço da tecnologia, muitas amizades, que antes estavam sempre juntas fisicamente, passaram a ser mais distantes, o que pode não ter o mesmo efeito do contato físico.
Pesquisa coordenada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que prosseguiu nos últimos 80 anos, confirma que construir e manter laços de amizade ao longo dos anos pode prevenir diversas doenças, além de tornar a vida mais feliz. Ser empático, melhorar como pessoa, dividir bons e maus momentos, poder escolher aqueles que se identificam para trilhar juntos anos ou mesmo uma vida toda são benefícios de uma boa amizade.
“Ter amigos é ter aconchego e trocas conquistadas. Contar com o outro traz segurança afetiva e social, é muito importante para saúde mental. Nas relações de amizade, existem trocas e, para manter amigos, as trocas fazem parte da relação. A maneira como se relaciona com os outros será determinante para ter amigos e esses são alguns fatores que mais influenciam a saúde”, explica Soraya Oliveira, psicóloga do Instituto de Neurologia de Goiânia.
A profissional explica que a amizade é importante em todas as fases da vida como na infância, adolescência e fase adulta, que é de extrema importância na velhice. Ela se mantém como a segunda relação social de grande valia ao ser humano, logo após a família. Pesquisa coordenada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos demonstra que ao edificar a amizade, a longevidade pode aumentar em até 10 anos.
“A relação de amizade é poderosa, pois essa experiência libera hormônios de prazer, como a oxitocina, considerado o hormônio responsável pelo vínculo, e a serotonina, popularmente conhecida como o hormônio da felicidade. Sentimento de amizade pode surgir acompanhado de reciprocidade do afeto, ajuda mútua, compreensão, identificação e confiança”, conta a psicóloga.
Soraya explica que a troca de afeto e cumplicidade em amizades ajuda a diminuir a liberação de alguns hormônios relacionados ao estresse, como cortisol e adrenalina. Ela conta que uma pessoa que tem amigos fica menos doente, pois pode compartilhar a vida com amigos, tornando a vida mais leve.
“Fazer passeios com amigo, ir a um café, compartilhar momentos alegres, participar de um happy hour, dar boas risadas, sair para dançar, fazer atividade física juntos, todas essas atividades provocam a liberação da serotonina. A amizade faz bem para nossa saúde física e emocional. Os laços afetivos despertam emoções positivas, promovendo bem-estar, esperança e vontade de viver e aproveitar a vida”, conclui Soraya.
Cuidar do que se come é fundamental para manter o corpo funcionando bem. Além de escolher os alimentos certos, é importante também evitar o consumo excessivo de calorias e gorduras. Uma dieta balanceada é a chave para ter uma boa saúde e prevenir diversas doenças e problemas potencialmente fatais, como obesidade, diabetes, derrame, hipertensão, osteoporose e problemas cardiovasculares.
Uma alimentação saudável previne a obesidade – a razão nutricional número um para doenças. A obesidade é um importante fator de risco para muitas condições, como diabetes tipo 2, osteoporose, derrame, doenças cardíacas e muito mais. A nutricionista funcional Cris Ribas Esperança, especializada em Gastronomia Funcional e Nutrição Comportamental e Low Carb (CRN-3 48747), explica que comer alimentos carregados de açúcar, gorduras e calorias vazias pode adicionar peso extra ao corpo, enfraquecer os ossos e fazer com que os órgãos trabalhem mais. Isso automaticamente coloca a pessoa em maior risco de problemas de saúde no futuro, sem dúvida o boleto vem pelas escolhas erradas.
Nutrientes e o corpo
Sem cálcio e vitamina D suficientes, os ossos podem se tornar insalubres, quebradiços e fracos. Isso torna a pessoa mais suscetível à osteoporose. O mesmo vale para gordura saturada e doenças cardiovasculares. “Muita gordura saturada na dieta pode levar ao colesterol alto e à pressão alta, dois principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Alimentos ultra processados e de alta carga glicêmica contribuem sendo o gatilho para doenças metabólicas e autoimune”, comenta a nutricionista.
Uma alimentação saudável melhora o humor, o que, por sua vez, aumenta a atividade física. Se a pessoa está feliz, é mais provável que seja ativo. Comer os alimentos certos pode ajudar a ser mais feliz, levando a mais sessões de exercícios saudáveis. Como a atividade física regular é uma necessidade para a prevenção de doenças, uma alimentação saudável, portanto, ajuda na equação.
Dietas saudáveis aumentam o colesterol “bom” (lipoproteína de alta densidade) e diminuem os triglicerídeos não saudáveis, além de controlar a glicemia, fugindo de uma síndrome metabólica.
Isso afeta diretamente o risco de doenças cardíacas, derrame, síndrome metabólica, diabetes e pressão alta, ajudando o sangue a fluir suavemente. “Quanto mais alimentos saudáveis comer, melhores serão os níveis de colesterol ‘bom’, ajudando a prevenir doenças e, ainda, melhorar a longevidade e qualidade de vida”, diz Cris Ribas Esperança.
Não há como negar os benefícios para a saúde provenientes de dietas nutritivas. Incorporar uma dieta saudável em seu estilo de vida reduzirá automaticamente o risco de doenças graves e fatais, então por que não apostar nesse estilo de vida?
Os principais alimentos para adicionar na dieta que irão melhorar a qualidade de vida e saúde:
> Água – Beber 8 a 12 copos de água diariamente.
>Vegetais verde-escuros – “Comer vegetais verde-escuros, pelo menos três a quatro vezes por semana. Boas opções incluem brócolis, pimentão, couve de bruxelas e folhas verdes como couve e espinafre”, aconselha Cris Ribas Esperança.
> Grãos integrais – Comer grãos inteiros pelo menos duas ou três vezes ao dia. Procurar farinha de trigo integral, centeio, aveia, cevada, amaranto, quinoa ou um multigrãos. Uma boa fonte de fibra tem de 3 a 4 gramas de fibra por porção. Uma ótima fonte tem 5 ou mais gramas de fibra por porção.
> Feijão, grão de bico e lentilha – Tentar comer uma refeição à base de feijão, pelo menos uma vez por semana. Tentar adicionar leguminosas, incluindo feijões e lentilhas, a sopas, ensopados, saladas e molhos ou comê-los puros.
> Proteínas vermelha e branca – Superimportante ao longo da vida, para manutenção de massa magra, saciedade, tecidos, pele, hormônios e cabelos.
Incluir comer o peixe em duas a três porções de peixe por semana. Boas opções são salmão, truta, arenque, anchova, sardinha e atum.
> Frutas vermelhas e cítricas – Incluir duas a quatro porções de frutas em sua dieta todos os dias. Tentar comer frutas como framboesas, mirtilos, melancia, goiaba, uva, laranja, limão, tomate, amoras e morangos.
> Linhaça, Nozes e Sementes – Adicionar 1 a 2 colheres de sopa de linhaça moída ou outras sementes à comida, diariamente, ou incluir uma quantidade moderada de nozes (1/4 xícara) na dieta diária.
> Iogurte Orgânico – Sendo um alimento fermentado, ele tem uma digestibilidade diferente do leite. Um alimento de custo/benefício bom, com propriedade interessante, além de ser proteico.
Homens e mulheres entre 19 e 50 anos precisam de 1.000 miligramas de cálcio por dia, e 1.200 miligramas se tiverem 50 anos ou mais. Comer alimentos ricos em cálcio, como laticínios sem gordura ou com baixo teor de gordura, três a quatro vezes ao dia. Inclua opções orgânicas.
> Sol para a produção natural de vitamina D – Tem grande importância para a absorção de cálcio e fósforo pelo intestino, a vitamina D é reconhecida, tradicionalmente, pela medicina como uma das substâncias essenciais para o fortalecimento dos ossos e a prevenção de doenças, como o raquitismo na infância e a osteoporose.
“Você é o que você come. Essa frase resume bem a importância da alimentação para a nossa saúde. Comer alimentos saudáveis não apenas nos mantém fisicamente fortes, mas também nos ajuda a manter um bom humor e um bom funcionamento cerebral. Da próxima vez que for à cozinha, lembre-se: você é o que você come!”, finaliza a nutricionista Cris Ribas Esperança.
O formato de trabalho atual, com telefones e dispositivos eletrônicos conectados o tempo inteiro, vem gerando um estresse e esgotamento mental que antigamente não existiam. Para acompanhar as mudanças nas relações de trabalho, desde janeiro de 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu o burnout como uma doença crônica associada a fatores que influenciam o estado de saúde. Agora, um ano após a oficialização da doença como uma síndrome ocupacional, o que mudou?
De acordo com Karen Valeria da Silva, coordenadora de Psicologia da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital no Brasil, a principal mudança foi o direcionamento técnico para o diagnóstico. “Antes, tudo era tratado como um quadro depressivo ou de estresse. Agora, com a inclusão de critérios específicos para o diagnóstico, realizar uma decisão clínica com um plano de tratamento assertivo fica muito mais direcionado”, comenta.
O burnout é classificado como uma síndrome multifatorial, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas que identificam um quadro clínico, entre eles estresse, depressão, diminuição da autoestima, ansiedade e falta de produtividade, sempre associados ao trabalho. “os sintomas podem repercutir em diversos âmbitos da vida, mas em análise aprofundada durante o psicodiagnóstico é possível perceber o papel do ambiente de trabalho no desencadeamento ou potencialização desses sintomas”, explica.
De acordo com Karen Valeria da Silva, coordenadora de Psicologia da Docway, a principal mudança foi o direcionamento técnico para o diagnóstico
No universo corporativo, a preocupação com a doença também avançou. “A pandemia já havia acendido um sinal de alerta para as doenças relacionadas com a saúde mental. Com a introdução do burnout no CID, essa preocupação tornou-se mais evidente nas empresas, visto que agora faz-se um diagnóstico mais preciso, impactando em uma série de questões, como a produtividade do colaborador, um período de afastamento, ou até mesmo implicações jurídicas caso o quadro clínico não seja tratado com respeito e seriedade”, aponta.
Contudo, na prática, a situação ainda tem muito para melhorar. “Já começamos a quebrar o paradigma cultural brasileiro de resistência e preconceito com tratamentos psicológicos, mas os números mostram que precisamos ir além”, sugere. A psicóloga ressalta que, numa visão corporativa, ações preventivas e de promoção da saúde são muito mais baratas que perder um funcionário, além de serem um chamariz para novos colaboradores. “Hoje, muitos profissionais já buscam esse cuidado e preocupação como o valor de uma organização em que deseja atuar. Desenvolver esse cuidado internamente pode ajudar a empresa a atingir maior satisfação de seus colaboradores e, também, alcançar um melhor posicionamento de mercado”, finaliza Karen.
Por Marcelo Valadares* Neurocirurgião da Unicamp e do Hospital Albert Einstein
As doenças neurodegenerativas, caso da doença de Alzheimer, trazem mudanças para a saúde física e mental dos pacientes, além de alterarem, muitas vezes, a rotina das famílias. Com o avanço da condição e agravamento do quadro, pode ser que o paciente precise de acompanhamento contínuo de alguém da família ou de um profissional de saúde para ajudá-lo com as tarefas do dia a dia. Eis que entra então um ator fundamental neste cenário: o cuidador.
Não é incomum que parentes mais próximos do paciente assumam esse papel. Para tanto, essas pessoas costumam deixar de trabalhar ou abdicam de outras funções para cuidar da mãe ou do pai idoso. Como médicos, é nossa função nos atentarmos para as necessidades dessa pessoa, educando, valorizando e acolhendo esse cuidador.
Com o aumento da expectativa de vida da população, esse importante ator da cadeia de cuidados vem ganhando protagonismo. Se há condições econômicas, essa função é executada por uma equipe de profissionais de enfermagem, mas, no meu consultório, ainda vejo muitos familiares que assumem essa importante função.
Encarar o posto de cuidador quando se é próximo ao paciente, não é uma tarefa simples. O primeiro desafio é quando nos deparamos com a troca de papeis, quando deixamos de ser filhos para nos tornarmos pais dos nossos genitores. É compreensível estranhar a situação, afinal podemos ter em mente o fato de que o envelhecimento é uma etapa de vida como as demais, mas a finitude, embora seja o destino de todos, é assustadora.
Outro ponto a se ressaltar é que esse cuidador não pode ser o único responsável pelo paciente. Muita se fala do burnout no universo corporativo, mas essa pessoa elencada para dedicar-se aos cuidados com uma pessoa enferma, seja um parente ou profissional, também sofre dessa síndrome, em que o estresse e o desgaste levam a esgotamento mental, quadros de depressão e crises de ansiedade.
Ter uma rede de apoio é fundamental para evitar sobrecargas físicas e mentais. É necessário entender que essa pessoa precisa de alguém para substitui-la em plantões, idas a consultas médicas e divisão de tarefas domésticas e administrativas.
Ninguém está preparado para acompanhar o agravamento da saúde de qualquer ente querido, nem as alterações cognitivas e comportamentais que fazem às vezes com que o paciente com Alzheimer não reconheça os familiares mais próximos. É um exercício de paciência, resiliência, de desenvolvimento da inteligência emocional e, muitas vezes, de afeto.
Por isso, uma forma de atenuar essa situação é engajar-se num grupo de pacientes, sempre um importante apoio para essas pessoas. No Brasil, temos a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), o Oncoguia destinado a pacientes com câncer, a Casa Hunter dedicada a doenças raras, entre outras instituições que fazem um trabalho excelente de divulgação de conhecimento, empoderamento e acolhimento.
Ledo engano achar que quem cuida não adoece, ainda mais quando existem fortes laços afetivos com o paciente. Sessões de terapia ou mesmo com o médico psiquiatra também podem ajudar. Enfim, precisamos lembrar sempre sobre a importância desse cuidador e respeitá-lo com carinho e muito amor.
* Marcelo Valadares é neurocirurgião, médico da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Hospital Israelita Albert Einstein.
* Por Dra. Silvia Queiroz Psicóloga clínica, especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e Mestre em Teologia
Você já ouviu frases do tipo “meninos não choram” ou “sentimentalismo é coisa de gente fresca”? Ou já viu mamães e papais que ao repreenderem seus filhos por algo errado, terminaram mandando a criança “engolir o choro”. Pois bem, se você conhece casos assim, então você já se deparou com algum tipo de invalidação emocional.
A invalidação emocional acontece quando sentimentos e emoções de uma pessoa são embargados por outros, que fazem julgamentos e tratam essa manifestação emocional como incorreta, descabida, inadequada. A pessoa que sente o que sente passa a desmerecer e talvez até desacreditar de suas emoções, reprimindo-as, o que acarreta numa dificuldade posterior para lidar com as mesmas. Por isso, muitos não sabem administrar as sensações e sentimentos quando estas ocorrem.
Muitas vezes as pessoas invalidam emocionalmente sem querer e sem ter a intenção de fazer isso. Quando dizemos coisas parecidas com “você não precisa ter medo” estamos de algum modo negando algo que está acontecendo e que precisa ser acolhido. Alguns pais reforçam a invalidação com a melhor das intenções, quando dizem coisas do tipo “viu, não precisava ter tido medo” após uma situação vivida pela criança com a presença do medo. Dizer isso pode ser lido pela criança como “o que você sentiu não era necessário ou adequado” e isso causa confusão em sua mente, já que independentemente de qualquer ajustamento ou não ela sentiu o medo.
Geralmente a invalidação emocional provoca marcas mais importantes na infância e na juventude. A criança e o adolescente estão descobrindo o mundo e a si mesmos e ter pessoas de extrema importância em suas vidas, como os pais, dizendo que o que sentem não é real, necessário, certo ou oportuno, leva a muita confusão mental, problemas com a autoafirmação e, em casos mais sérios, transtornos de personalidade.
Imagine uma criança que está aprendendo a lidar com seu mundo interior e que não sabe ainda nomear bem suas sensações. Agora imagine se um desses pequeninos estivesse sentindo fome e, ao expressar essa necessidade para os pais/cuidadores, alguém dissesse algo do tipo “você não deve sentir isso, é bobagem e frescura, você já comeu há dez horas”. Uma pessoa que sente a fome, está conectada com a sensação que acontece dentro dela e se outro invalida essa experiência interna, a criança pode ficar confusa e desacreditada de que seja capaz de sentir e expressar o que ocorre nela mesma.
Com as emoções não é diferente. Crianças são mais sensíveis e estão aprendendo a lidar com tudo o que ocorre em suas mentes e corações. Se ela chora e o adulto ao seu lado não demonstra interesse nos motivos que a levaram a se sentir assim ou não acolhe suas sensações, a criança desenvolve maneiras (por vezes desadaptativas) de lidar com suas emoções.
Estudos têm mostrado a relação existente entre a invalidação emocional na infância e o desenvolvimento de transtorno de personalidade histriônica, borderline, narcisista e antissocial (Custer B), por exemplo. O vazio emocional, a sensação de abandono, a postura rígida e os relacionamentos pessoais conturbados típicos destes transtornos, podem ser provenientes de experiências de invalidação na infância, entre outros motivos.
Todos nós precisamos sentir acolhimento, que somos amados e compreendidos, até mesmo (e talvez mais ainda) quando erramos. Não que tenhamos que concordar com os erros das pessoas, mas acolher seus sentimentos diante de dadas circunstancias. Por exemplo, não devemos aceitar a birra de uma criança que não está aceitando algum limite. Mas, precisamos entender que ela está frustrada e chateada. Fazê-la não sentir isso por conta do comportamento inadequado que está tendo, seria uma invalidação emocional.
O grande desafio é poder ajudar a pessoa a sentir, mostrar que compreende suas sensações mesmo que precise e deva mudar algum comportamento. Quando agimos dessa maneira, permitimos que os pequenos, e até adultos, a nossa volta lidem melhor com a vida emocional, encontrando as estratégias adequadas de comportamento.
Mas, se por outro lado falhamos nessa missão, podemos favorecer dificuldades emocionais e relacionais significativas que acompanharão a pessoa vida à fora.
* Silvia Queirozé psicóloga clínica, especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, Mestre em Teologia, coach e analista DISC pela SLAC, escritora, palestrante e membro Toastmasters Internacional. www.silviaqueiroz.com.br
Fotos: Autora – Reprodução/Site | Ilustrativa – Lorraine Cormier/Pixabay
Neste sábado (10/09), Manaus receberá a segunda edição do Internacional Costal Clean Up (ICC), também conhecido como Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias. O evento é a maior ação internacional envolvendo voluntários para a limpeza e conservação de rios e praias e faz parte de um programa de educação ambiental que mobiliza milhares de pessoas em todo o planeta, sendo realizado em mais de 150 países. O dia comemorativo é sempre no terceiro sábado de setembro, porém os eventos acontecem em várias cidades nos meses de setembro e outubro.
O mutirão de limpeza acontecerá no Parque das Tribos, no rio Tarumã-Açu, em uma extensão aproximada de 5 quilômetros, nas margens do rio, das 9h às 15 horas. A retirada do lixo será feita por aproximadamente 150 voluntários, divididos em grupos monitorados por coordenadores. A ação é organizada pela Ocean Conservancy, tendo como patrocinadores oficiais a L´Oréal para o Futuro e Garnier e os apoios do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), Comunidade Indígena Parque das Tribos, Escoteiros do Brasil, Voluntários Greenpeace, Ardagh Metal Packaging, GRI Gerenciamento de Resíduos Industriais, RKBC Turismo, Walker Driver e Menos Um Lixo.
De acordo com a coordenadora de Estado da Ocean Conservancy, Katia Kalinowski, todo o lixo coletado pelos voluntários será catalogado, pesado e fotografado antes de seguir para o Zero Aterro, onde serão incinerados em empresa especializada contratada pela GRI. Depois de compilados, esses dados serão enviados para o Centro de Conservação dos Oceanos (Ocean Conservancy) para análise estatística, que será encaminhada para a ONU, responsável pela Comissão Intergovernamental Oceanográfica (IOC). São os resultados mundiais dessas análises que permitem à IOC convencer os países a se tornarem signatários do “Marpol Treaty”, um tratado internacional de controle de poluição marinha.
“Nosso objetivo é, além de retirar da natureza os resíduos produzidos pelo homem, conscientizar sobre um grande problema do mundo moderno: o lixo no mar e vias fluviais”, explica Katia Kalinowski.
E acrescenta que todos os anos, 11 milhões de toneladas de plástico entram no oceano, além das estimadas 200 milhões de toneladas que circulam atualmente nos ambientes marinhos. Seja por sacos plásticos ou canudos plásticos, que se transformam em grandes quantidades de resíduos plásticos mal gerenciados que se espalham de economias em rápido crescimento, isso é como despejar um caminhão de lixo da cidade de Nova York cheio de plástico no oceano, a cada minuto de cada dia durante um ano inteiro! E esse plástico deve ter um impacto nos ecossistemas oceânicos.
De fato, prevê-se que a produção e o consumo de plástico dobrem nos próximos 10 anos. Isso significa que se nada for feito agora, aponta George Leonard, cientista chefe da Ocean Conservancy, poderá se enfrentar 300 milhões de toneladas de plásticos no oceano em menos de 10 anos. Não se pode ficar parado e observar os impactos dessa onda de plástico indo em direção de todos.
“O relógio está correndo; devemos enfrentar este desafio antes que os plásticos sobrecarreguem o oceano”, diz George Leonard.
A ação será realizada neste sábado (10/09), no Parque das Tribos – Rio Tarumã-Açu
Os organizadores destacam que o lixo é um problema humano. E isso significa que todos fazem parte da solução. E convidam para que todos se juntem ao evento para realizar a visão do grupo sobre oceanos livres de lixo.
Serviço
Dia Mundial de Limpeza de Rio e Praias Data: Sábado, 10 de setembro de 2022. Horário: das 9 às 15 horas. Local: Centro Cutural Mainuma, Rua Puranga, nº 59, Parque das Tribos. Tarumã-Açu. Manaus -AM Organização: Ocean Conservancy / contato para mais informações: +598 96259589 / oceanconservancybrasil@gmail.com / Katia Kalinowski
Patrocinadores oficiais: L´Oréal Para o Futuro e Garnier
Saberes compartilhados pelas chefs Clarinda Ramos, indígena do povo Sateré-Mawé, da Casa de Comida Indígena Biatüwi (Manaus) e Débora Shornik dos restaurantes Caxiri (Manaus) e Camu-Camu (Novo Airão), com novo menu assinado por Onildo Rocha, além de obras da artista visual indígena do povo Tukano, Duhigó, representada pela Manaus Amazônia Galeria de Arte, são as atrações do Espaço Priceless, composto pelo Notiê Restaurante e Abaru Bar e Restaurante, localizado no rooftop do Shopping Light, agora faz reverência à Amazônia.
O Espaço da Mastercard, no centro da capital paulista, propõe experiências multissensoriais ligadas à cultura e tecnologia, pensadas a partir de expedições e pesquisas em estados da Amazônia.
Para encantar os cinco sentidos, Notiê Restaurante e o Abaru Bar e Restaurante lançam menu, bebidas e websérie inspirados na região, com novo cardápio de Onildo Rocha e ambientação concebidos junto a chefs e artistas da Amazônia (Foto: Divulgação/Gilberto Bronko)
Durante os últimos meses, a equipe de embaixadores do Espaço Priceless – formada pelo chef Onildo Rocha, Junior Bottura, especialista em cervejas, Ale D’Agostiem no, mixologista, e Boram Um, barista – realizou viagens até os estados do Amazonas, Pará e Rondônia para estudar a culinária e a cultura da região amazônica.
“As expedições têm um papel muito importante. É a partir delas que aprofundamos nosso contato com o lugar, descobrimos novos ingredientes, a forma de usá-los e seu valor. Para onde se olha existe vida, cores, texturas e sabores. Porém, o mais importante é estar com os pequenos produtores, chefs, cozinheiros e com a comunidade da região, para conhecer, respeitar e nos encantar ainda mais com as histórias e saberes de quem estaremos representando, o que traz uma verdade singular para essa nova fase do Priceless”, comenta Rocha.
A vice-presidente de Marketing e Comunicação da Mastercard Brasil, Sarah Buchwitz, ressalta que a Mastercard é uma aliada atuante da proteção e da regeneração da Amazônia já há algum tempo.
“Fundamos a plataforma Coalizão Planeta Priceless, que une os esforços de comerciantes, bancos, cidades e consumidores para agir sobre a crise climática. Nos orgulha muito poder representar a Amazônia e as mulheres amazônicas no Espaço Priceless, além de termos a chance de ajudar a provocar reflexões importantíssimas sobre esse bioma essencial ao nosso planeta”, declara.
O local aborda a cultura brasileira de forma multissensorial e é aberto ao público em geral, todos os dias. Ali, é possível encontrar amantes da alta gastronomia, pessoas que apreciam ambientes mais casuais e até mesmo quem só deseja observar São Paulo do alto de um dos prédios mais icônicos da região central. “Isso vai totalmente ao encontro de nossa essência, que é proporcionar momentos que não têm preço às pessoas, todos os dias”, acrescenta Buchwitz.
Nesse novo momento, o restaurante Notiê, que compõe o Espaço e é focado em alta gastronomia, apresenta os tradicionais menus degustação de 5 tempos, com a mandioca como principal ingrediente, o de 10 tempos, um menu autoral que contará a história dos povos amazônicos nacionais e trará referências da Amazônia boliviana, colombiana, equatoriana e peruana, e pratos à la carte – mais uma novidade que chega junto com a nova temporada.
A artista Duhigó com o Chef Onildo Rocha e com as chefs do Amazonas Clarinda Ramos e Débora Shornika e a cenógrafa Patrícia Sobral
E o Abaru, bar e restaurante, com uma proposta mais descontraída para o dia a dia, manterá alguns dos pratos da temporada Sertões, além de incluir receitas inspiradas na Amazônia. Todos os ingredientes da região amazônica são de procedência conhecida e selecionados desde o plantio.
Além das novidades gastronômicas, o Espaço também apresenta nova carta de drinks elaborados por Ale D’Agostino, um café escolhido por Boram Um e uma cerveja colaborativa pensada pelos chefs, Onildo, Clarinda e Débora e pelo especialista em cervejas, Junior Bottura, todos inspirados em ingredientes amazônicos.
Arte visual
Para encher os olhos dos clientes, a identidade visual e as peças gráficas para a temporada foram especialmente desenvolvidas pela Greco Design, com ilustrações do artista Carmelio.
Quem passar pelo Notiê poderá contemplar no teto o novo painel da temporada, intitulado “A Mitologia de Duhigó, a Mulher que Sonha”, representando a essência Amazônica. O painel é composto por obras de arte do acervo da artista e de originais produzidas especialmente para a composição. Duhigó é a primeira artista visual indígena do Amazonas a fazer parte do acervo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP). A composição e seleção das obras foi feita pela cenógrafa Patricia Sobral.
Websérie
Para conectar os consumidores do Priceless às transformações no ambiente e no cardápio, a Mastercard também lançará, em breve, nas redes sociais das marcas, uma nova websérie, agora sobre a Amazônia, apresentando detalhes da expedição e das histórias que inspiraram os embaixadores.
“Desde o início do projeto, nosso sonho foi poder representar a brasilidade de uma maneira imersiva, conectando os biomas e as histórias das pessoas. Foi daí que surgiu a ideia de sempre renovar o menu e o espaço, oferecendo experiências que encantem os cinco sentidos de nossos clientes, todos os dias”, explica Edemilson Morais, sócio-diretor da Bem São Paulo e um dos responsáveis pelo projeto.
Clientes Mastercard Platinum e Black têm 10% de desconto e isenção de rolha nos restaurantes do Espaço Priceless. Além disso, todos os portadores de cartão Mastercard poderão participar de experiências exclusivas de gastronomia, arte, música e esportes por meio da plataforma global Priceless.
Serviço Espaço Priceless Mastercard – Notiê Restaurante e Abaru Bar e Restaurante – Nova Temporada Amazônia Endereço: Rooftop do Shopping Light (acesso pelo estacionamento do shopping no subsolo) – R. Formosa, 157 – Centro, São Paulo.
Horário de Funcionamento: Abaru Bar e Restaurante – (possui um Terraço sempre aberto – a depender das condições climáticas) – funciona no almoço, café da tarde e bar à noite. De segunda-feira à quinta-feira, do meio-dia às 23h. Às sextas e sábados do meio-dia à meia-noite. Aos domingos do meio-dia às 16 horas. Capacidade – 120 pessoas (área externa e interna) Notiê Restaurante – aberto para o jantar De terça-feira a sábado das 19h às 23h. Capacidade – 50 pessoas. Menu degustação e pratos à la carte.
Formas de pagamento: dinheiro e todos os cartões de crédito e débito. Clientes Mastercard Black e Platinum têm 10% de desconto e isenção de rolha. Reserva não é obrigatória, mas pode ser feita pelo site. Telefone: (11) 2853-0373 Whatsapp bussiness (11) 2853-0373
Fotos: Divulgação/Gilberto Bronko e Divulgação/Manaus Amazônia Galeria de Arte
Em 30 de abril, a arte dos povos indígenas do Rio Negro estará em evidência no evento “Indígena, ancestral e feminina: a arte do Rio Negro que é patrimônio do Brasil”. A ação será realizada na Bemglô (rua Oscar Freire, 1105, em São Paulo), espaço dedicado a produtos sustentáveis, que tem como sócios Gloria Pires, Orlando Morais e Betty Prado.
Programada para acontecer entre 11h e 17h, a iniciativa é promovida por Bemglô, Instituto Socioambiental (ISA), rede Origens Brasil® e Tucum.
O evento permitirá aos visitantes conhecer e adquirir produtos do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (conjunto de práticas e saberes milenares dos povos locais, reconhecido em 2010 como patrimônio imaterial do Brasil) e cerâmicas produzidas pelos povos Tukano e Baniwa. Parte de uma tradição milenar, as obras são feitas por mulheres e têm ligações profundas com a floresta e o sagrado.
Participantes podem apreciar a arte indígena, feminina e ancestral das cerâmicas Baniwa e Tukano (Fotos: Divulgação / Tucum Brasil)
As relações comerciais que levam as cerâmicas até os consumidores ocorrem no âmbito da rede Origens Brasil®, administrada pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e composta por empresas, povos indígenas e populações tradicionais, instituições de apoio e organizações comunitárias, com o objetivo de promover negócios que contribuam com o bem-viver dos povos da floresta e a conservação da Amazônia. Tanto as empresas e organizações que participam do encontro são membros da rede Origens Brasil®.
O evento também será palco do pré-lançamento dos livros de bolso Cerâmica Tukano e Cerâmica Baniwa, realizados em parceria entre a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e o ISA, com apoio de União Europeia e Nia Tero.
Roda de conversa
Além disso, os participantes poderão acompanhar uma roda de conversas para abordar temas ligados à cultura e aos produtos da Amazônia, das 15h às 16h, com André Baniwa, Adriana Rodrigues, Amanda Santana e Patrícia Cota Gomes. André Baniwa é vice-presidente da Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi), liderança do povo Baniwa, além de empreendedor social e escritor.
A historiadora e pesquisadora dos temas política de patrimônio imaterial, sistema agrícola tradicional quilombola e tecnociência solidária, Adriana Rodrigues, atua como analista de pesquisa no Instituto Socioambiental (ISA) na área da economia da sociobiodiversidade e políticas públicas alimentares. Também participante da roda de conversa Amanda Santana é sócia-fundadora e diretora criativa da Tucum Brasil e atua como indigenista há 10 anos, auxiliando no desenvolvimento das cadeias produtivas do artesanato junto às comunidades e organizações indígenas do Brasil.
Patrícia Cota Gomes, engenheira florestal com mestrado em gestão de florestas tropicais, é gerente no Imaflora (onde atua há 21 anos) e na rede Origens Brasil®, também estará no encontro. Nos últimos anos, Patrícia tem trabalhado na articulação de pessoas e de soluções que ajudam a valorizar a Amazônia de pé e os povos da floresta.
Realizadores
A iniciativa é promovida por Bemglô, Instituto Socioambiental (ISA), rede Origens Brasil® e Tucum. A Bemglô é uma plataforma colaborativa, criada a partir da sociedade de Orlando Morais, Glória Pires e Betty Prado, que compartilha produtos que contam a história de quem faz, chamada carinhosamente de Rede do Bem. Uma Rede que conecta talentos, criatividade e saberes ancestrais, oferecendo produtos dentro da filosofia do Comércio Justo, nos segmentos de artesanato brasileiro, cosmética natural, design e moda consciente, além da gastronomia da floresta.
O Instituto Socioambiental (ISA), uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, desde 1994, atua na proposição de soluções integradas para questões sociais e ambientais com foco central na defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos.
A rede Origens Brasil® surgiu em 2016, a partir de uma iniciativa entre produtores da floresta, o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e o ISA (Instituto Socioambiental). O Origens Brasil® é reconhecido e respeitado por seu fomento à economia local dos produtores da Amazônia.
E a Tucum, plataforma das Artes Indígenas do Brasil, desde 2013, integra o grupo de realizadores do evento. A Tucum apoia comunidades, artistas e iniciativas de mais de 50 povos indígenas na estruturação, logística, comunicação e comercialização de suas artes.
Serviço Onde: R. Oscar Freire, 1105 – Jardim Paulista, São Paulo – SP Quando: 30 de abril, das 11h às 16h
Pela terceira vez consecutiva e ainda no contexto da pandemia, a Hora do Planeta – ação realizada pela Rede WWF – terá formato digital. É neste sábado, 26 de março, com programação a partir das 17h30, até chegar a Hora do Planeta, das 20h30 às 21h30 (horas de Brasília). Este ano, o tema é #ConstruaNossoFuturo.
A programação digital contará com a participação de convidados e temas do nosso dia a dia, incluindo debates, um jogo – ao vivo – de perguntas e respostas e peça de teatro criada com exclusividade para a ação.
As atividades da Hora do Planeta começaram mais cedo, nos dias 22 e 23 de março, com o Cinedebate Amazônia Criadora, mediado pela jornalista, cineasta e diretora-executiva da Negritar Filmes e Produções, Joyce Cursino.
O Cinedebate Amazônia Criadora deriva do edital Amazônia Criadora, lançado pelo WWF-Brasil para inspirar pessoas a contar as histórias dos modos de viver e crescer que promovem equilíbrio entre as pessoas e a natureza. Oito coletivos de comunicação da Amazônia foram apoiados para contarem histórias de uma Amazônia que não precisa ser desmatada para crescer.
Mesa Restauração de Ecossistemas
Às 17h30, com a participação de especialistas e pessoas que atuam no seu dia a dia com o processo de restauração, o debate visa apontar a construção de um presente e um futuro em harmonia com a natureza. Para isso, a mesa vai apresentar histórias reais de coletivos que se dedicam à restauração em suas regiões e discutir como os resultados influenciam não apenas o contexto local.
Participam do debate Marcelle Souza, da WWF-Brasil, como mediadora; Alice Pataxó, comunicadora e ativista indígena; Flávia Balderi, do projeto Copaíba; e Ana Rosa Cyrus, do Engajamundo.
Gameshow
Às 18h30, será hora de testar os conhecimentos sobre vários temas ambientais. E fazer parte de uma trama para descobrir os envolvidos numa conspiração misteriosa, que vai apontar os maiores desafios ambientais. É o jogo interativo que terá artistas participando do desafio e respondendo sobre temas socioambientais e os caminhos possíveis para superarmos os desafios ambientais da atualidade.
Participam do gameshow o humorista Bruno Motta, a historiadora e ativista Keilla Vila Flor, e a ativista indígena Tukimã Pataxó.
Peça de teatro
Às 19h, para fechar a terceira edição do Festival Digital, tem participação especial do Improclube, coletivo teatral de improviso que apresentará um espetáculo autoral e interativo. Inspirado na dinâmica do clássico jogo do detetive, a peça traz para o nosso cotidiano o debate ambiental e todas as conexões com a nossa vida, de uma maneira divertida e inovadora.
Apagar das luzes
Após o encerramento da programação, às 20h20, chega a Hora do Planeta, das 20h30 às 21h30. “É importante ressaltar que a Hora do Planeta é muito mais que apagar as luzes de residências, monumentos, fachadas e prédios históricos pelo mundo. A ação realizada desde 2007 tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância de restaurar a natureza e a nossa conexão com o meio ambiente”, declara Gabriela Yamaguchi, diretora de Engajamento do WWF-Brasil.
“Nesta edição, estamos dando a voz para os jovens, os povos tradicionais, dos indígenas, das comunidades extrativistas e das populações mais fragilizadas – como as negras e periféricas, pois acreditamos que juntos podemos vencer os desafios e retrocessos ambientais do nosso país”, pontuou.
Monumentos participantes
No Brasil, entre alguns dos monumentos confirmados estão o Cristo Redentor (RJ), Chalé da Pedra (Quixadá – CE), Edifício Matarazzo (SP), Espaço UFMG do Conhecimento (MG), Fonte luminosa da Praça Ari Coelho (MS), as três sedes do Instituto Moreira Salles (RJ, SP e MG), Jardim da Prefeitura Municipal de Campo Grande (MS), MAC (RJ), Monumento aos Pioneiros (MS), Monumento de alusão ao relógio da 14 (MS), Monumento Maria Fumaça (MS), Museu das Minas e dos Metais (MG), Museu do Amanhã (RJ), Museu Histórico de Santa Catarina (SC), Obelisco (MS), Ponte Octávio Frias de Oliveira (SP), Praça Pantaneira (MS), Teatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ) e Viaduto do Chá (SP).
Movimento de base
A Hora do Planeta é o principal movimento ambiental global da rede WWF. Nascida em Sydney em 2007, a Hora do Planeta cresceu e se tornou um dos maiores movimentos de base do mundo para o meio ambiente, inspirando indivíduos, comunidades, empresas e organizações em mais de 180 países e territórios a tomar ações ambientais tangíveis por mais de uma década.
Historicamente, a Hora do Planeta se concentrou na crise climática. Mas, recentemente, se esforçou para trazer à tona a questão premente da perda da natureza. O objetivo é criar um movimento imparável para a natureza, como aconteceu quando o mundo se uniu para enfrentar as mudanças climáticas.
A realização é do WWF-Brasil, ONG brasileira que há 25 anos atua coletivamente com parceiros da sociedade civil, academia, governos e empresas, em todo país, para combater a degradação socioambiental e defender a vida das pessoas e da natureza. Estamos conectados numa rede interdependente que busca soluções urgentes para a emergência climática. Conheça a ONG.
Nesta segunda-feira (21/03), comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down, data promovida pela Down Syndrome International e celebrada desde 2006, que tem como objetivo exaltar a vida das pessoas com Síndrome de Down e disseminar informações para promover a inclusão de todos.
A síndrome de Down é uma condição genética causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso faz com que as pessoas com síndrome de Down tenham 47 cromossomos em suas células ao invés de 46, como a maior parte da população. De acordo com o último censo do IBGE, existem aproximadamente 300 mil pessoas com Síndrome de Down no Brasil.
E a literatura auxilia no desenvolvimento dos pequenos com síndrome de Down e na disseminação de informação. Os livros infantis são ferramentas que podem colaborar muito com o desenvolvimento de crianças com síndrome de Down, seja no acompanhamento profissional ou no dia a dia da família. O estímulo relacionado à ludicidade da literatura pode ser uma ótima forma de desenvolver os pequenos.
O hábito da leitura desperta as potencialidades das crianças com síndrome de Down, por meio de livros voltados para a estimulação de diversas áreas, como livros coloridos, lúdicos, sensoriais, interativos e que despertem o interesse. Por isso, é importante que a família introduza o hábito da leitura, desde cedo, em casa, lendo para seu pequeno, colocando-o em contato com os livros e dando a oportunidade de manuseá-los.
Além disso, livros que tratam sobre diversidade e inclusão e com protagonistas com Síndrome de Down, ajudam a introduzir o assunto com crianças e a discutir a inclusão de todas as pessoas desde a primeira infância.
Como parte do projeto da Leiturinha, um clube de livros infantis, de trazer diversidade e inclusão social para os seus conteúdos, confira abaixo livros selecionados que auxiliam neste debate:
Joca e Dado
Leituras como a de Joca e Dado são ideais para conversar com as crianças sobre inclusão. Você sabia que as personagens são inspiradas em pessoas reais? Além disso, as ilustrações do livro Original Leiturinha foram feitas por um estúdio com profissionais diversos. Dentre eles, pessoas com Síndrome de Down. Inspirador, não é mesmo? É importante conversar com as crianças sobre as infinitas possibilidades que todos nós temos como pessoas. Além disso, incentivar que a criança interaja com as atividades ao final do livro.
Yunis
Yunis é um menino com Síndrome de Down. Ele adora cozinhar. Faz doces e bolos maravilhosos e os decora com um desenho especial que virou sua marca. Todas as noites ele deixa alguns de seus deliciosos doces na porta de cada criança do seu vilarejo. Mas elas não sabem quem é o responsável por essas coisas tão gostosas e esse ato tão generoso. Elas só descobrirão depois… Yunis é uma história que promove a diversidade e a inclusão, e encoraja a gentileza e a aproximação entre as pessoas!
Não Somos Anjinho
As crianças com síndrome de Down são como qualquer outra criança! Ora estão felizes, ora estão tristes. Por vezes, são amorosas. Em outros momentos, fazem muitas travessuras! Por isso, de maneiras simples e lúdicas, o livro Não Somos Anjinhos desmente algumas crenças bastante difundidas sobre as crianças com síndrome de Down. E revela que, apesar das particularidades, elas são apenas crianças.
Alguém Muito Especial
O livro Alguém Muito Especial conta a história de Tico e China, irmãos que estão aprendendo a conviver. Isso porque, aos poucos, Tico passa a compreender seu irmão e, assim, surge uma bonita cumplicidade entre os dois!
Indicado para crianças a partir dos 8 anos de idade, Alguém Muito Especial é um livro delicado, poético e bastante sensível. Por isso, é uma ótima sugestão para falar com os jovens leitores sobre empatia e inclusão.