A destinação de terras públicas é essencial para acabar com desmatamento na Amazônia. De acordo com Ane Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), 51% do desmatamento na região nos últimos anos ocorreu em áreas que, em outras palavras, pertencem ao povo brasileiro. “Isso significa que estamos perdendo patrimônio público para entes privados e atividades ilegais”, explica Alencar.
Grande parte do problema acontece nas chamadas florestas públicas não destinadas (FPND) – ou seja, terras públicas que estão sob o domínio do governo estadual ou federal, e ainda não receberam uma destinação para se consolidar como unidade de conservação, terra indígena ou reserva extrativista, por exemplo. Pela Lei de Gestão de Florestas Públicas (Lei 11284/06), essas áreas devem ser voltadas para conservação ou uso sustentável de seus recursos, em especial pelas populações originárias e tradicionais.
A destinação de terras públicas é uma das soluções para o desmatamento a serem abordadas no novo ciclo do Amazoniar, que se propõe a conectar a juventude com especialistas do Ipam, para encontrar formas de mobilização coletiva pela conservação do bioma. Ao longo dos meses de janeiro e fevereiro, a iniciativa lançará vídeos dos diálogos sobre propostas para acabar com o desmatamento.
Ipam inicia novo ciclo do Amazoniar sobre soluções para o desmatamento com diálogo sobre florestas públicas não destinadas. Confira o primeiro vídeo da série !
Amazônia, terra de todos
Segundo Alencar, o desmatamento em terras públicas é um reflexo do enfraquecimento de instituições governamentais em diversos níveis, principalmente em relação à fiscalização de atividades ilegais. A grilagem, nome dado à apropriação ilegal de terras, está diretamente associada aos recordes de desmatamento que o Brasil vem batendo nos últimos anos.
Análises do Ipam mostram que, até o fim de 2020, mais de 14 milhões de hectares das FPND, equivalente a 29% da área total, estavam registrados ilegalmente como propriedade particular no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (CAR). Como o CAR é autodeclaratório, grileiros desenham no sistema supostos imóveis rurais nessas áreas, para simular um direito sobre a terra que eles não têm.
“Quando um grileiro ocupa uma terra pública, apostando que essa área pode vir a ser reconhecida como dele no futuro, ele está arriscando e investindo dinheiro para desmatar. Isso não é barato. No entanto, atualmente esse risco é muito pequeno diante da falta de fiscalização nessas áreas públicas”, alerta a cientista.
Em meio à necessidade de acabar com o desmatamento, para cumprir com o compromisso global de reduzir emissões de gases de efeito estufa e mitigar as mudanças climáticas, Alencar ressalta que nunca foi tão urgente ressignificar o termo “terra de ninguém”, frequentemente usado para fazer referência às FPND. “É preciso que fique claro que as terras públicas brasileiras pertencem ao Brasil, e não a pessoas específicas.”
Sobre o Amazoniar
O Amazoniar é uma iniciativa do Ipam para promover um diálogo global sobre a Amazônia e sua importância para as relações do Brasil com o mundo. Nos ciclos anteriores, foram organizados diálogos sobre as relações comerciais entre Brasil e Europa; o papel dos povos indígenas no desenvolvimento sustentável da região e sua contribuição para a ciência e a cultura; e o engajamento da juventude pela floresta e seus povos nas eleições de 2022.
Com a proposta de levar a Amazônia para além de suas fronteiras, o Amazoniar já realizou projetos especiais, como um concurso de fotografia, cujas obras selecionadas foram expostas nas ruas de Glasgow, na Escócia, durante a COP 26; uma série de curtas que compôs a exposição “Fruturos – Amazônia do Amanhã”, do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro; além de uma publicação com informações-chave para que todos possam compreender melhor o atual contexto amazônico e algumas das possíveis soluções para seu desenvolvimento sustentável.
Série de curtas que compôs a exposição “Fruturos – Amazônia do Amanhã”, do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro
Neste sábado (10/09), Manaus receberá a segunda edição do Internacional Costal Clean Up (ICC), também conhecido como Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias. O evento é a maior ação internacional envolvendo voluntários para a limpeza e conservação de rios e praias e faz parte de um programa de educação ambiental que mobiliza milhares de pessoas em todo o planeta, sendo realizado em mais de 150 países. O dia comemorativo é sempre no terceiro sábado de setembro, porém os eventos acontecem em várias cidades nos meses de setembro e outubro.
O mutirão de limpeza acontecerá no Parque das Tribos, no rio Tarumã-Açu, em uma extensão aproximada de 5 quilômetros, nas margens do rio, das 9h às 15 horas. A retirada do lixo será feita por aproximadamente 150 voluntários, divididos em grupos monitorados por coordenadores. A ação é organizada pela Ocean Conservancy, tendo como patrocinadores oficiais a L´Oréal para o Futuro e Garnier e os apoios do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), Comunidade Indígena Parque das Tribos, Escoteiros do Brasil, Voluntários Greenpeace, Ardagh Metal Packaging, GRI Gerenciamento de Resíduos Industriais, RKBC Turismo, Walker Driver e Menos Um Lixo.
De acordo com a coordenadora de Estado da Ocean Conservancy, Katia Kalinowski, todo o lixo coletado pelos voluntários será catalogado, pesado e fotografado antes de seguir para o Zero Aterro, onde serão incinerados em empresa especializada contratada pela GRI. Depois de compilados, esses dados serão enviados para o Centro de Conservação dos Oceanos (Ocean Conservancy) para análise estatística, que será encaminhada para a ONU, responsável pela Comissão Intergovernamental Oceanográfica (IOC). São os resultados mundiais dessas análises que permitem à IOC convencer os países a se tornarem signatários do “Marpol Treaty”, um tratado internacional de controle de poluição marinha.
“Nosso objetivo é, além de retirar da natureza os resíduos produzidos pelo homem, conscientizar sobre um grande problema do mundo moderno: o lixo no mar e vias fluviais”, explica Katia Kalinowski.
E acrescenta que todos os anos, 11 milhões de toneladas de plástico entram no oceano, além das estimadas 200 milhões de toneladas que circulam atualmente nos ambientes marinhos. Seja por sacos plásticos ou canudos plásticos, que se transformam em grandes quantidades de resíduos plásticos mal gerenciados que se espalham de economias em rápido crescimento, isso é como despejar um caminhão de lixo da cidade de Nova York cheio de plástico no oceano, a cada minuto de cada dia durante um ano inteiro! E esse plástico deve ter um impacto nos ecossistemas oceânicos.
De fato, prevê-se que a produção e o consumo de plástico dobrem nos próximos 10 anos. Isso significa que se nada for feito agora, aponta George Leonard, cientista chefe da Ocean Conservancy, poderá se enfrentar 300 milhões de toneladas de plásticos no oceano em menos de 10 anos. Não se pode ficar parado e observar os impactos dessa onda de plástico indo em direção de todos.
“O relógio está correndo; devemos enfrentar este desafio antes que os plásticos sobrecarreguem o oceano”, diz George Leonard.
A ação será realizada neste sábado (10/09), no Parque das Tribos – Rio Tarumã-Açu
Os organizadores destacam que o lixo é um problema humano. E isso significa que todos fazem parte da solução. E convidam para que todos se juntem ao evento para realizar a visão do grupo sobre oceanos livres de lixo.
Serviço
Dia Mundial de Limpeza de Rio e Praias Data: Sábado, 10 de setembro de 2022. Horário: das 9 às 15 horas. Local: Centro Cutural Mainuma, Rua Puranga, nº 59, Parque das Tribos. Tarumã-Açu. Manaus -AM Organização: Ocean Conservancy / contato para mais informações: +598 96259589 / oceanconservancybrasil@gmail.com / Katia Kalinowski
Patrocinadores oficiais: L´Oréal Para o Futuro e Garnier
Antes que o mundo corporativo acordasse para a agenda ESG, a indústria do livro já se movia em direção ao desenvolvimento sustentável, buscando, desde 2007, a certificação de origem do papel usado nesse mercado. Um exemplo bem-sucedido dessa iniciativa é que 100% das 70 milhões de toneladas de papel utilizadas para a impressão dos livros no nosso país, no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), têm origem certificada e provêm de floresta de manejo, como aponta o Anuário Abrelivros 2022. O selo é conferido pelo Forest Stewardship Council (FSC).
No entanto, não é só na certificação do papel de floresta de manejo que o setor editorial avança. O livro ecológico tem um papel também na valorização dessa indústria e dos empregos que ela gera. Segundo pesquisa da Green Press Initiative, 80% dos consumidores estariam dispostos a pagar um pouco mais pelos chamados livros verdes.
Cabe aqui destacar a iniciativa do Clube de Leitura dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). A iniciativa, que no Brasil tem o apoio da Câmara Brasileira do Livro e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, reúne 175 títulos da literatura infantil para incentivar que as crianças tenham contato com os princípios da sustentabilidade regidos pela ONU. As obras que compõem a ação também servem como inspiração e referencial para escolas, professores e alunos.
Afinal, é pela educação que se deve medir a importância do livro e da leitura para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). No Objetivo 4, associado à educação de qualidade, a Meta 4.7 funciona como um resumo estratégico do caminho a seguir: “Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável”.
Na Sociedade do Conhecimento, como é chamado o século XXI, a educação deve ser entendida como um bem comum, como escreve o autor português António Nóvoa. Isso significa lutar permanentemente por uma educação de qualidade para todos, bem como pela democratização do acesso a todos os bens da cultura. Não será por outro caminho que chegaremos a 2030, deixando para trás as distopias e acreditando em um mundo melhor.
* Luciano Monteiro é diretor de Comunicação e Sustentabilidade do grupo educacional Santillana e vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro
O Natiruts, primeira banda no mundo a gravar um videoclipe com o selo de carbono zero, e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) realizam neste dia 21 de março, Dia Internacional das Florestas, uma live no TikTok sobre os detalhes da gravação do clipe pioneiro, feito em parceria com a Carbonext, além de discutirem temas importantes sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável. A iniciativa é uma parceria entre o TikTok, o Natiruts e o PNUMA, e se soma a outras ações realizadas na plataforma que buscam contribuir para conscientização ambiental.
Na campanha com Natiruts e PNUMA, além de disseminar informações relevantes sobre o assunto, o evento também tem como objetivo estimular a criação de vídeos com temas relacionados ao meio ambiente e sustentabilidade por meio da hashtag #PelaNatureza. A parceria reflete o comprometimento da plataforma em promover e engajar ainda mais seus usuários em pautas que impactam diretamente a vida de toda a população do mundo.
Em fevereiro do ano passado a plataforma realizou uma campanha para reflorestamento ambiental em parceria com Gilberto Gil e o Instituto Terra que resultou no plantio de 40 mil árvores em área degradada da Mata Atlântica. Recentemente, o TikTok promoveu outra campanha para reflorestamento ambiental em parceria com Gaby Amarantos e o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (IDESAM), e tem o compromisso de plantar 20 mil árvores na Amazônia até o final do ano. As iniciativas refletem a preocupação com as mudanças climáticas e a importância de contribuir para restauração dos ecossistemas.
O selo de carbono zero contabiliza a emissão de gases do efeito estufa e reverte em plantio de árvores, com o objetivo de neutralizar os problemas causados por esses elementos, como o aquecimento global.
O PNUMA atualmente é a principal autoridade que promove a implementação coerente da dimensão ambiental do desenvolvimento sustentável no Sistema das Nações Unidas e serve como autoridade defensora do meio ambiente no mundo.
Live #PelaNatureza Segunda-feira, 21 de março de 2022 Horário: 18h Onde: Perfis do Natiruts e da ONU Brasil no TikTok
Neste Dia Internacional das Florestas 2022 – 21 de março, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), juntamente com a União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO) e o Congresso Mundial da IUFRO 2024|Universidade Sueca de Ciências Agrárias (SLU), realizam um painel de discussão de alto nível para celebrar a data mundial sob o tema “Inspire para o futuro: o papel das florestas na garantia de produção e consumo sustentáveis”.
O evento acontece nesta segunda-feira (21/03), das 8h às 11h (Hora de Brasília), on-line e no Pavilhão Sueco, The Forest, na Expo 2020, em Dubai, com tradução será fornecida em árabe, chinês, inglês, francês, espanhol e russo. A inscrições podem ser feitas no aqui.
Atualmente, o mundo enfrenta desafios sem precedentes, sendo as mudanças climáticas uma das mais prementes de todas. Esses desafios ameaçam o bem-estar das pessoas e da natureza e exigem ação imediata para desenvolver soluções inovadoras e criativas, que coloquem o mundo no caminho da paz e da prosperidade em um planeta saudável.
Neste evento, serão discutidas como as inovações de base florestal, eficiência de recursos, produtos de base florestal e serviços ecossistêmicos podem contribuir para um estilo de vida sustentável e acelerar uma mudança para um consumo e produção mais sustentáveis. Esses esforços ajudam a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, saúde, bem-estar e uma transição para economias verdes e de baixo carbono.
Segurança alimentar
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) é uma agência especializada das Nações Unidas que lidera os esforços internacionais para derrotar a fome. Nosso objetivo é alcançar a segurança alimentar para todos e garantir que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade suficientes para levar uma vida ativa e saudável.
O Programa Florestal da FAO supervisiona mais de 230 projetos em 82 países, com um orçamento total disponível de US$ 246 milhões (a partir de 2019). A FAO é orientada em seu trabalho técnico florestal pelo Comitê Florestal (COFO) e seis comissões florestais regionais.
Desenvolvimento Sustentável
A União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO) é uma organização mundial dedicada à pesquisa florestal e ciências relacionadas. Seus membros são instituições de pesquisa, universidades e cientistas individuais, bem como autoridades decisórias e outras partes interessadas com foco em florestas e árvores. A IUFRO visa contribuir para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas.
A Universidade Sueca de Ciências Agrárias (SLU) é uma agência governamental e universidade internacional de classe mundial com pesquisa, educação e avaliação ambiental dentro das ciências para a vida sustentável. A SLU realiza educação, pesquisa e monitoramento e avaliação ambiental em colaboração com a sociedade em geral. A SLU é a organização anfitriã da Suécia do Congresso Mundial da IUFRO 2024, de 23 a 29 de junho em Estocolmo, em colaboração com a IUFRO e os países parceiros nórdicos e bálticos.
A 7ª edição do Fórum de Desenvolvimento, realizado anualmente pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), entidade composta pelos bancos de desenvolvimento, agências de fomento e cooperativas de crédito de todo o país, Finep e Sebrae, acontece nos dias 15 e 16 de março, em Brasília. O evento será transmitido on-line e reunirá instituições dos cinco continentes e economistas ligados aos presidenciáveis das eleições de 2022.
Com inscrições gratuitas pelo site do evento (Clique aqui), o Fórum oferece palestras, debates e mesas redondas com a equipe econômica dos presidenciáveis e integrantes de instituições financeiras de todo o mundo, incluindo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Fórum do Desenvolvimento vai debater uma agenda global comum a todos os cinco continentes, cujo objetivo é estimular o desenvolvimento sustentável e o relançamento da economia brasileira em bases sustentáveis, em sintonia com a Agenda 2030. Durante o evento, será apresentado o Plano ABDE 2030, documento criado pela entidade com ações concretas para impulsionar o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O evento tem apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e patrocínio da Agência Francesa de Desenvolvimento (Agence Française de Développement – AFD) Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), do projeto FiBraS – Finanças Brasileiras Sustentáveis, da Agência Alemã de Cooperação (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit – GIZ) e do Banco de Brasília (BRB).
“Os associados da ABDE que integram o Sistema Nacional de Fomento estão sintonizados com essa agenda global de desenvolvimento e têm o compromisso de mobilizar recursos para financiar projetos que viabilizem uma transição para uma economia mais sustentável e inclusiva”, afirma a presidente da ABDE, Jeanette Lontra.
Programação
A abertura do Fórum do Desenvolvimento contará com mesa redonda composta por lideranças de instituições financeiras de desenvolvimento. Entre elas a Secretária Geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Rebeca Grynspan; a Gerente de Instituições para o Desenvolvimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Susana Guerra, a Diretora Geral Adjunta da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Marie-Hélène Loison, o Embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, o Vice-Presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Jorge Arbache, a Coordenadora Residente das Nações Unidas no Brasil (ONU Brasil), Silvia Rucks; o Presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ricardo Mourinho Félix.
Em seguida, será apresentado o Plano ABDE 2030. Economistas ligados aos presidenciáveis participam da discussão e receberão o documento. Dentre os nomes confirmados estão os economistas Guilherme Mello (Lula), Affonso Pastore (Sergio Moro), Zeina Latif (João Doria), Germano Rigotto (Simone Tebet) e Nelson Marconi (Ciro Gomes).
O segundo dia do evento terá como tema “Impulsionando as missões do Brasil na agenda da sustentabilidade e inovação”. Serão seis painéis de discussão ao longo do dia, com as participações de presidentes de instituições financeiras de desenvolvimento, acadêmicos e representantes de entidades privadas.
Entre os participantes confirmados no dia 16 estão a ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; a diretora de Estratégia do Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), Saloua Sehili; e a professora da Columbia University, Stephany Griffith-Jones.
Nos próximos dias 26, 27 e 28 de outubro, o Instituto de Engenharia (IE) sedia o Simpósio Internacional: Uma Amazônia Inovadora e Sustentável (SIPAIS). O evento será realizado de modo on-line, respeitando as normas de prevenção à covid-19, com vários painéis e debates.
O evento do IE tem por objetivo sensibilizar sobre a importância de uma cooperação internacional, dos mais diversos ecossistemas, para desenvolver e escalar ações sinérgicas e sustentáveis com países da Amazônia. Desse modo, promover a verdadeira revolução ESG (Meio Ambiente, Social e Governança) através da engenharia.
O simpósio também buscará iniciativas e projetos nas áreas de infraestrutura, energia e logística, educação e pesquisa, com foco no crescimento econômico sustentável da região amazônica.
Os debates devem trazer oportunidades do uso de fontes públicas e privadas para o financiamento da infraestrutura, mensuração do índice ESG, bem como motivações sociais em segurança, qualidade de vida, o ecossistema econômico, industrial e tecnológico, segurança jurídica e operacional de empreendimentos naquela região.
Para isso, entre os convidados a participar das discussões estão representantes de governos, entidades internacionais, empresas, academias, centros de pesquisa, ONGs, engenheiros e profissionais ligados às questões de inovação e sustentabilidade.
Propostas reais
Ao final, o SIPAIS consolidará uma síntese, sugestões e transcrição dos painéis realizados nos três dias de simpósio do Instituto de Engenharia e as contribuições voltadas para um desenvolvimento sustentável da Amazônia.
O resultado desse trabalho será encaminhado ao Conselho da Amazônia Legal, ao Parlamento Amazônico, à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca), autoridades, embaixadas, setor financeiro e para toda a sociedade civil.
Inscrições
A inscrição ao SIPAIS será feita no site do Instituto de Engenharia (https://www.institutodeengenharia.org.br/SIPAIS). O inscrito receberá um link em seu e-mail e terá acesso às transmissões por plataforma eletrônica webinar.
Confira a programação
26 de outubro
13h30 – Abertura
15h30 – Projeto Amazônia e Bioeconomia Sustentada em CT&I
16h15 – Inclusão Geodigital da Gestão Produtiva – Práticas ESG com Tecnologia Aplicada
18h – Oportunidades para a melhoria da infraestrutura em segurança, logística, energia e telecomunicações
27 de outubro
13h30 – Comunidade Integrada e Participativa – Cooperativa e Agropecuária Familiar
16h – Educação, Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico – Intercâmbio e Potencial da Sociedade Amazônica
18h – Desenvolvimento Social, Econômico, Turístico e Cultural
28 de outubro
9h30 – Ecossistema Revolução ESG
13h30 – Desafios da Logística para o Desenvolvimento da Bioeconomia e da Bioengenharia na Amazônia
16h – Estabelecimento de Critérios Ambientais, Sociais e de Gerenciamento para uma Amazônia Sustentável
18h – Bacia Amazônica como um vetor de Integração Econômica
29 de novembro
17h – Entrega do caderno de conclusão dos painéis debatidos com as oportunidades de ações para a Amazônia
Foto: Vista da Amazônia / Bruno Cecim / Agência Pará
O Festival Demarcação Já Remix, projeto do DJ MAM abre a semana com uma programação on-line intensa de painéis para debates sobre a causa indígena, a qual inicia hoje com o tema “Meio Ambiente e Cultura: Do Rio Carioca à Amazônia”, às 18h, e encerra no sábado (11/09), com Gilberto Gil em seu canal no YouTube com live musical e presença de mais de 30 artistas, como Elza Soares, Bnegão, Dona Onete, Rodrigo Sha, Djuena Tikuna, Jonathan Ferr, Felipe Cordeiro, entre outros.
A abertura do festival, no Dia da Amazônia (5/9), teve ato cultural e político, de reparação histórica aos povos originários, no Museu do Amanhã e a presença do Coral Guarani Tenonderã. Nesta edição o evento conta com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro.
Artistas e autoridades participam das conversas. Entre eles a líder indígena Sônia Guajajara, o artista multimídia indígena Kadu Xukuru; o ator Paulo Betti; o cantor e compositor Pedro Luis; o secretário municipal de Meio Ambiente do Rio, Eduardo Cavalieri, e o secretário municipal de Cultura do Rio, Marcus Faustini.
Conteúdo – Serão seis painéis, que acontecerão até sábado, sempre às 18 horas, com transmissão pelo Instagram do Festival. Entre os temas abordados, questões como ‘Meio Ambiente e Cultura’, ‘A Temática indígena e ambiental nas telas’ e ‘NFT Socioambiental’.
A live de encerramento será exibida no formato de programa de TV, com DJ MAM, direto do Museu do Amanhã, convidando os artistas a se juntarem à causa. As participações serão por meio de canto, música, clipe, fala.
Gilberto Gil, apoiador do festival, cedeu seu canal para transmissão e participará através dos clipes “Demarcação Já” e “Do Guarani ao Guaraná”.
Doações
O público poderá contribuir durante a live, através de QR Code, para a APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e para o Coral Guarani Tenonderã.
O Festival
O festival é uma extensão da campanha “Demarcação Já”, criada pelo Greenpeace e pelo Instituto Socioambiental, em 2017, a partir da canção de mesmo nome dos compositores Carlos Rennó e Chico César. Seu videoclipe e remixes lançados nas plataformas digitais por DJs e grandes nomes da MPB como Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho, Maria Bethânia, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Céu e Tropkillaz já ecoaram mais de 100 milhões de vezes a frase de ordem “Demarcação Já”.
DJ MAM
Curador de séries fonográficas e festivais como o Sotaque Carregado, o Demarcação Já Remix, o Carnaval Remix e o inédito Amazônia Remix, DJ MAM mixa o Brasil às pistas globais. Prêmio Noite Rio de melhor DJ de MPB, já tocou em 15 países, tendo colaborações com Gilberto Gil, Dona Onete e BNegão.
MAM é compositor e intérprete da trilha oficial do Rio de Janeiro, “Oba Rio” e do tema de 80 Anos do Cristo, “Redentor”. Seu álbum autoral Sotaque Carregado e remix Sotaque ReCarregado foram indicados ao Prêmio da Música Brasileira e chegaram ao Top 20 World Music Charts Europe.
Em 24 anos, seu selo, programas de rádio e festivais deram palco a mais de 500 nomes como Elza Soares, Hermeto Pascoal, Gaby Amarantos e BaianaSystem. Sua empresa foi indicada a diversos prêmios como o SIM – Semana Internacional da Música 2020, Brasil Criativo e Profissionais da Música nas categorias criatividade, inovação e transformação social.
Participações confirmadas
Gilberto Gil | Elza Soares | Ziraldo | Sonia Guajajara | BNegão | Dona Onete | Letícia Sabatella | DJ MAM | Coral Guarani Tenonderã | Digitaldubs | Oskar Metsavaht | Djuena Tikuna | Felipe Cordeiro | Jonathan Ferr | Zahy Guajajara | Pedro Luis | Carlos Rennó | Yaka Sales P | Andre Vallias | Rodrigo Sha | Paka Noke Koi | Batman Zavareze | VJ Carol Santana | Eric Marky | DJ Flavya | DJ Raiz | Kadu Xukuru | Manie Dansante | Silvan Galvão | Patricia Bastos | Banda Conceição | Roberta Carvalho | Aíla.
Painéis Demarcação Já Remix
Local: Instagram Festival Demarcação Já Remix
Horário: 18h
7 de setembro, terça-feira
Meio Ambiente e Cultura: Do Rio Carioca à Amazônia
Convidados: Marcus Faustini (Secretário Municipal de Cultura do Rio), Tica Minami
Mediação: DJ MAM
8 de setembro, quarta-feira
A Temática Indígena e Ambiental nas Telas
Convidados: Paulo Betti, Zahy Guajajara e Felipe Scapino
Mediação: DJ MAM
9 de setembro, quinta-feira
NFT Socioambiental: Green NFT, Música e Cryptoarte Indígena
Convidados: Raphael King (Brasil NFT), Byron Mendes (Metaverse Agency) e Fausto Vanin
Mediação: DJ MAM
10 de setembro, quinta-feira
Futurismo Indígena: A Arte e o Território da Ancestralidade ao Pop
Convidados: Ziraldo Artes Produções Julia Vidal e Kadu Xukuru
Na segunda-feira (13/9), a 11ª Virada Sustentável apresenta o painel Amazônia e o Futuro do Brasil em sua programação, que começou na quinta-feira (2/9), na capital paulista, e segue até o dia 22. O desmatamento e os impactos sociais causados por isso são questões-chave da discussão.
Para situar o debate, a descrição do painel aponta que no início o desmatamento foi para projetos de infraestrutura e, hoje, a Floresta perde espaço pelos extrativismos vegetal e mineral e para a produção agropecuária, numa troca que pode ter consequências sérias para a sociedade, em especial, a questão climática e o equilíbrio biológico do mundo.
A discussão terá moderação de Virgílio Viana, superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável, além da presença dos palestrantes Paulo Artaxo, vice-presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, USP, e Roberto Waack Arapyaú, presidente do Instituto Arapyaú. O painel sobre a Amazônia será às 14h (hora de Brasília), com transmissão pelas redes sociais do evento.
Virgílio Viana, superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável (Foto: Divulgação)
#MinhaMensagem
Neste ano, o tema do maior festival de sustentabilidade do país é #MinhaMensagem, que traz 100 mensagens importantes sobre este momento de construção coletiva para o futuro pós-pandemia. O tema permeia toda a programação do evento, que é gratuita e repete o modelo híbrido experienciado na edição de 2020.
As frases da campanha foram elaboradas por 100 organizações de diversos setores da sociedade civil. “Estamos dando voz para várias organizações da sociedade civil para que possamos nos inspirar para construir um mundo mais sustentável e igualitário”, conta Mariana Amaral.
Pela primeira vez, a programação do Fórum Virada Sustentável foi construída a partir de uma pesquisa com representantes da iniciativa privada e sociedade sobre quais temas e assuntos eles consideram urgentes de serem conversados. A partir daí a programação do Fórum foi agrupada por temas de interesse apresentados na pesquisa: água, economia circular, empreendedorismo em comunidades, agenda ESG, mudanças climáticas, Amazônia, questões indígenas, habitação, segurança alimentar e diversidade.
Em paralelo, várias manifestações e intervenções artísticas ocorrem pela cidade de São Paulo refletindo os pontos abordados virtualmente.
“Nosso objetivo é promover uma visão inspiradora sobre um futuro sustentável. Além disso, o festival, desde sua primeira edição, funciona como um grande reforço às redes de transformação e impacto social existentes, reunindo sociedade, organizações da sociedade civil, artistas, agentes públicos e marcas nesta construção”, complementa André Palhano, também fundador da Virada Sustentável.
Jazz ao Pôr do Sol na Virada Sustentável 2021 (Foto: Bruno Noda)
Conteúdo
Com 26 painéis virtuais, o Fórum Virada Sustentável amplia a possibilidade de participação para pessoas de fora de São Paulo. Todas as atividades contam com tradução em Libras e tradução simultânea nas palestras de convidados internacionais. Para participar, os interessados precisam se inscrever gratuitamente no site da Virada Sustentável: www.viradasustentavel.org.br/palestras
Um dos destaques do Fórum é o painel do dia 13, apresentado pelo economista estadunidense Jeffrey Sachs. Em sua palestra Mensagens para o Mundo Pós-Pandemia, às 10h (hora de Brasília), ele fala sobre a importância de uma agenda política alinhada às pautas de desenvolvimento sustentável para um crescimento socioeconômico global. Ao fim da exposição, Sachs responderá perguntas do público.
Os rumos da agenda ESG estão presentes nos encontros em que serão discutidas a importância da Amazônia para a economia, a questão da biodiversidade dentro do contexto da agenda ESG e as tendências do consumo on-line com impacto positivo.
No dia 15 de setembro, o Fórum Virada Sustentável traz desigualdade e diversidade de gênero para o debate na conversa Oportunidades e desafios da equidade de gênero nas organizações com Margareth Goldenberg (Movimento Mulher 360), Camili Calixto (Mais Diversidade) e Suellen Moraes (BALL), que analisam a situação atual do mercado de trabalho para as mulheres, a partir do dado do IBGE de que em 2021, a participação feminina no mercado teve o menor índice dos últimos 30 anos. E no dia 22, às 11h30, o painel Inclusão e diversidade: a importância de metas para impulsionar a agenda também traz, como parte da pauta ESG, a necessidade de construir ambientes empresariais inclusivos e uma cultura corporativa guiada pelo combate às desigualdades.
Economia circular é o eixo da programação dos dias 8 e 9 de setembro. As conversas abordam desde como a sociedade pode começar a se engajar sobre este tema, passando por questões de reciclagem, tanto de embalagens usadas em domicílios como o aço produzido pela indústria.
O tema volta a ser debatido no painel Educação e Economia Circular: Construindo um Mundo sem lixo no dia 20, às 15h15, que discute caminhos e propostas para que se possa trazer o conceito da economia circular para o dia a dia, a partir de propostas e possibilidades para professores, gestores e famílias.
A questão da água é o tema do painel Despoluir é necessário. Manter o Rio Pinheiros limpo é obrigação de todos marcado para o dia 15 de setembro, às 15h15.
No dia 16 de setembro, o Fórum Virada Sustentável abarca várias frentes sobre a questão da alimentação: o painel Entendendo o supermercado: um diálogo sobre a agricultura brasileira e fome; a mesa Redução de Emissões na Gestão de Resíduos: um Coringa para Alcançar as Metas Desejadas; Fome e Desenvolvimento: o futuro dos alimentos e a soberania alimentar em um mundo pós-pandemia, em que o público é convidado para o debate sobre a questão.
No penúltimo dia de programação do Fórum, 20 de setembro, moradia e cidades inteligentes são pontos-chave das discussões promovidas nos debates Habitação Pós-Pandemia: A sua casa é a sua causa! e Cidades Inteligentes e Sustentáveis – Mais Conectadas, Criativas e Sustentáveis.
O último dia do Fórum Virada Sustentável, 22 de setembro, também marca o encerramento da 11ª edição da Virada Sustentável. Com uma programação intensa composta por 6 painéis, a agenda do dia discute os principais tópicos abordados ao longo do evento.
Após sua realização, todas as atividades da programação do Fórum Virada Sustentável ficarão disponíveis com tradução em Libras e legenda no canal da Virada Sustentável no Youtube (https://www.youtube.com/user/ViradaSustentavel).
O maior festival de sustentabilidade do Brasil envolve articulação e participação direta de organizações da sociedade civil, órgãos públicos, coletivos de cultura, movimentos sociais, equipamentos culturais, empresas, escolas e universidades. O festival tem como objetivo apresentar uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade e seus diferentes temas para a população, gerando reflexão e discussões a fim de promover um futuro sustentável e reforçando as redes de transformação e impacto social existentes.
O evento, que pelo segundo ano apresenta atividades em formato híbrido, acontece por meio de intervenções em diversas áreas da cidade de São Paulo e em plataformas virtuais, com programação completamente gratuita que apresenta instalações, projeções, grafites, performances, teatro, programação de bem-estar, além do Fórum Virada Sustentável.
A Virada Sustentável São Paulo 2021 é apresentada por Braskem, com patrocínio master da Isa Cteep, patrocínio da Ambev, Gerdau, Sabesp, co patrocínio de Electrolux, Mercado Livre, Novelis, Tetra Pak e apoio das empresas Ball, Deloitte, Instituto Center Norte, Instituto Vedacit e ValGroup. Além da co-realização com a Prefeitura de São Paulo e parceria com PNUD, Instituto Alana, Metrô SP, Pacto Global, Rotary Club, Sesc, Estadão, Eletromidia e Ótima.
Programação
A programação completa pode ser acompanhada nos seguintes canais: Site: https://www.viradasustentavel.org.br Instagram: @viradasustentavel Facebook: facebook.com/viradasustentavel Youtube: https://www.youtube.com/ViradaSustentavel
Dia 08/09
14h – Economia Circular: Tudo que você precisa saber para se engajar Descrição: Dados recentes mostram que o atual sistema linear de “extração-produção-descarte” apresenta claros sinais de esgotamento, demonstrando a necessidade premente de uma transição para um modelo mais circular. No entanto, levantamento internacional identificou que há cerca de cinquenta definições para o termo Economia Circular. Como alinhar esse conceito e implementar um sistema de EC na região? E quem serão os principais protagonistas nessa transição? Moderador: Carlos RV Silva Filho: Diretor-presidente da ABRELPE/ISWA Palestrantes: Carolina Zoccoli: Especialista em sustentabilidade da Firjan Flavio Ribeiro: Engenheiro e professor da Unisantos Alexandre Citvaras: diretor de novos negócios e ESG da Orizon
15h15 – Do fim ao começo: a reciclagem transformando vidas Descrição: Como o fim da vida útil das embalagens pode ser o começo da transformação da vida de pessoas que trabalham com a reciclagem e também o começo da vida útil de novos produtos que geram renda para indústrias recicladoras. Moderadora: Roberta Jansen, Jornalista Palestrantes: Patricia Rosa: Coordenadora de projetos sociais, captação de recursos e gestão institucional da Cataki Rodrigo Creato: Diretor industrial da NBR Plásticos de Engenharia Valéria Michel: Diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak Brasil e Cone Sul
16h30 – O Aço como agente transformador
Dia 09/09
14h – Futuro da reciclagem Moderador: Wagner Soares Costa: Gerente de Meio Ambiente da FIEMG Palestrantes: Fabiana Quiroga: Diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul da Braskem Eduardo Berkovitz: Diretor de Relações Institucionais da Valgroup Roger Koeppl: Diretor-presidente da YouGreen Cooperativa Rodrigo Figueiredo: Vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da América do Sul da Ambev.
15h15 – Inovação na reciclagem de embalagens flexíveis Moderadora: Roberta Jansen: Jornalista Palestrantes: Marcelo Guerreiro Mason: Head de Sustentabilidade da Deink Karina Turci: Gerente de Sustentabilidade de Embalagens da Ambev
Dia 13/09
10h – Mensagens para o Mundo Pós-Pandemia Descrição: Palestra com Jeffrey D. Sachs, professor de economia de renome mundial, autor de best-sellers, educador inovador e líder global em desenvolvimento sustentável. Moderador: Jorge Soto: Diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem Palestrante: Jeffrey Sachs
14h – Amazônia e o Futuro do Brasil Descrição: O início do desmatamento foi para projetos de infraestrutura, hoje a Floresta perde espaço pelos extrativismos vegetal e mineral e para a produção agropecuária numa troca que pode ter consequências sérias para a sociedade, em especial, a questão climática e o equilíbrio biológico do mundo. Moderador: Virgílio Viana: Superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) Palestrantes: Paulo Artaxo: Vice-presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, USP Roberto Waack Arapyaú: Presidente da Instituto Arapyaú
15h15 – Proteger sem Possuir | A Importância da Biodiversidade dentro de Contexto de Agenda Descrição: Na agenda ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), a proteção da biodiversidade vai muito além do impacto ambiental positivo – é a perfeita harmonia entre a conservação dos biomas, o estímulo a alternativas econômicas sustentáveis e o benefício às comunidades locais. Mas de quem é essa responsabilidade? Nesta sessão, os palestrantes vão conversar sobre iniciativas e práticas de preservação e conservação inovadoras e como cada um de nós pode ir além e fazer a diferença. Moderador: Bárbara Lins, jornalista Palestrantes: Rui Chammas: Diretor-Presidente da ISA CTEEP Mário Haberfeld: Presidente e co-fundador do Onçafari Gabriela Yamaguchi: Diretora de Sociedade Engajada da WWF
16h30 – Tendências do consumo online com impacto positivo Descrição: A busca por um modo de vida e, consequentemente, um consumo mais sustentável está crescendo no Brasil, e a comercialização online amplia as possibilidades de pessoas encontrarem produtos e marcas de impacto positivo. O objetivo deste painel é debater as tendências do consumo online com impacto positivo a partir da apresentação de dados sobre o consumo de produtos sustentáveis no Mercado Livre e da experiência de dois empreendedores de impacto que alcançaram seus impactos positivos por meio da venda online. Mediadora: Laura Motta: Gerente de Sustentabilidade do Mercado Livre Palestrantes: Paulo Reis: Pesquisador e diretor da Manioca, premiada indústria de alimentos especializada nos sabores da Amazônia
Dia 15/09
14h – Governança, Sustentabilidade e Geração de Valor Descrição: O painel abordará sobre como as boas práticas de Governança podem agregar valor para as empresas, abordar a influência dos aspectos ESG e qual é o processo de implantação dessas boas práticas. Mediador: Rodrigo Miguel Trentin: Gerente de Educação Corporativa do IBGC Palestrantes: Thiago Salgado: Diretor do FAMÍLIA S.A e Membro da Comissão Empresas Familiares do IBGC
15h15 – Despoluir é necessário. Manter o Rio Pinheiros limpo é obrigação de todos
16h30 – Oportunidades e desafios da equidade de gênero nas organizações Descrição: Quais os desafios e oportunidades para implementação da equidade de gênero nas organizações? A sociedade brasileira ainda precisa percorrer um longo caminho para tornar efetiva a igualdade entre homens e mulheres, declarada na Constituição de 1988. Segundo o IBGE, a participação feminina no mercado de trabalho chegou em 2021 ao seu menor índice em 30 anos (46,3%), retornando aos números da década de 1990. Gerar oportunidades e criar um ambiente inclusivo é o caminho para reinserir essas mulheres cujas carreiras foram ainda mais afetadas pela pandemia no mercado de trabalho e ampliar a presença delas em diferentes funções, cargos e níveis hierárquicos. Muitas empresas, cientes de sua força transformadora, vêm trabalhando para desenvolver ambientes mais inclusivos onde seus funcionários possam prosperar. Além disso, já foi comprovado que a diversidade entre indivíduos e as equipes ajuda a revelar ideias e estimula a inovação, promovendo o crescimento e o valor em toda a organização. Palestrantes: Margareth Goldenberg: CEO Goldenberg Diversidade e gestora executiva do Movimento Mulher 360 Camili Calixto: Consultora de diversidade e inclusão na consultoria Mais Diversidade Suellen Moraes: Gerente de Diversidade e Inclusão Ball Corporation para a América do Sul
Dia 16/09
14h – Entendendo o supermercado: um diálogo sobre a agricultura brasileira e fome Descrição: O Brasil retorna ao mapa da fome da ONU no mesmo ano em que o setor agrícola bate recordes de exportação de commodities do campo. Como compreender o aumento da produtividade agrícola em um país em que 58 milhões de pessoas correm o risco de deixar de comer por não ter renda suficiente para sobreviver, onde nem todos possuem poder de compra (uma vez que os preços do feijão, do arroz, da carne e outros insumos estão alarmantes nos supermercados) e nem acesso a uma alimentação equilibrada, saudável e sustentável? Neste painel será explorado esse paradoxo entre a superprodução de alimentos base e, como esta produção não resulta em comida no prato dos brasileiros, intensificando a discussão sobre a insegurança alimentar. Mediadora: Marina Esteves: Assistente de projetos em práticas empresariais e políticas públicas – Instituto Ethos Palestrantes: Paola Loureiro Carvalho: diretora de Relações Institucionais e Internacionais, Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB) Scarlett Rodrigues: Coordenadora de Práticas Empresariais e Políticas Públicas em Direitos Humanos do Instituto Ethos
15h15 – Redução de Emissões na Gestão de Resíduos: um Coringa para Alcançar as Metas Desejadas Descrição: Ser responsável por cerca de 4% das emissões de poluentes climáticos parece muito pouco, mas o setor de resíduos é dos únicos que podem zerar sua contribuição para as mudanças do clima. E mais que isso: contribuir com a diminuição das emissões dos outros. Mediadora: Gabriela GP Otero: Coordenadora Técnica da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) Palestrantes: Sandra Mazo-Nix: Coordenadora da Iniciativa de Resíduos da Coalizão pelo Clima e Ar Limpos, CCAC Patricia Iglecias: Presidente da CETESB
16h30 – Fome e Desenvolvimento: o futuro dos alimentos e a soberania alimentar em um mundo pós-pandemia Descrição: Há comida suficiente no mundo para alimentar todas as pessoas, mas, por causa das falhas nos sistemas alimentares, cerca de 811 milhões de pessoas vão para a cama com fome todas as noites, enquanto 2 bilhões estão acima do peso. Alcançar a meta de Fome Zero até 2030 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2) requer soluções que abordem ineficiências sistêmicas, crises políticas e mudanças climáticas, reunindo políticas, intervenções impactantes, infraestrutura, serviços, inovação e tecnologia com liderança política e investimentos. Para aliviar a fome crônica, é necessário pensar no alimento como um direito humano básico, não apenas uma mercadoria, e abordar os problemas específicos de cada país que enfrenta a insegurança alimentar.
Foto Desmatamento: Alex Ribeiro/Ag. Pará/Fotos Públicas
Por Alessandra Leite Especial para o Portal Vida Amazônica
A esperança em resgatar a dignidade não apenas para si, mas para a grande família formada pelo povo indígena Warao, vindo da Venezuela para a capital do Amazonas em decorrência da grande crise no país – cuja recessão econômica começou em 2014 – motiva os passos da artesã Ermínia Ratti, 55, moradora de Manaus desde setembro de 2020.
Quando a crise se abateu sobre o país, deixando também o povo Warao sem comida e sem perspectiva de vida, Ermínia foi morar com a família na cidade de Boa Vista, em Roraima, em 2019. Desde então, vem tentando sobreviver junto com pelo menos 5 mil “parentes” de sua etnia que estão espalhados pelo Brasil.
A artesã é uma das artistas indígenas cujos trabalhos foram expostos durante a Feira Alusiva ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, realizadas nesta segunda-feira, 9 de agosto, na praça Dom Pedro II, área localizada no Centro Histórico de Manaus e onde está o recém-inaugurado Memorial “Aldeia da Memória Indígena”.
“Quando a fome chegou à nossa comunidade, não tínhamos nada para comer ou sequer dar aos nossos filhos, foi quando viemos para o Brasil e fomos recebidos de braços abertos. Hoje muitos de nós vivem de aluguel, pago unicamente com a venda dos nossos artesanatos, e outra parte segue nos dois abrigos na região do Tarumã”, conta Ermínia.
Ao ser questionada sobre o que mais precisa para sobreviver com dignidade com sua família, ela diz que um ponto fixo para a venda das biojoias seria o ideal, já que muitas vezes precisa vender o artesanato na rua. “Nossa matéria-prima não é barata e pode se estragar nas ruas. Nisso a Copime está nos ajudando, para que possamos ter um local fixo para expor o nosso trabalho”, diz a artesã venezuelana.
O evento, realizado, em parceria pela Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Conselho Municipal de Cultura (Concultura), Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e o Centro de Medicina Indígena BAHSE RIKOWI, é uma celebração em homenagem ao dia 9 de agosto, para saudar os 26 anos de existência do Dia Internacional dos Povos Indígenas da Mãe Gaia. Sua origem remonta ao começo do século 20, quando a Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi a primeira organização intergovernamental a se envolver em assuntos nativos e indígenas, segundo carta assinada pelo sociólogo João Garcia de Carvalho.
A OIT, ainda sob as Ligas das Nações, elaborou a convenção 50, no ano de 1936, sobre o trabalho indígena; a Convenção 64, de 1939, sobre o contrato de trabalho indígena; e a Convenção 65, de 1939, sobre sanções penais a trabalhadores indígenas.
Memorial
Para o presidente da Manauscult, Alonso Oliveira, o evento é um reflexo do reconhecimento que vem acontecendo desde o último 19 de abril, quando a praça Dom Pedro II tornou-se o Memorial da Aldeia da Memória Indígena de Manaus. “Aquele foi o marco inicial. Hoje estamos aqui para prestigiar, mais uma vez, os nossos irmãos indígenas, que há muito não recebiam atenção e cuidado. O segmento indígena tem um potencial fabuloso, e é aí que entra a parceria com as nossas instituições, para fomentarmos e tornarmos, o quanto antes, esse segmento em um grande espaço para os empreendedores da cultura indígena”, declarou Oliveira.
O evento é um reflexo do reconhecimento que vem acontecendo desde o último 19 de abril, quando a praça Dom Pedro II tornou-se o Memorial da Aldeia da Memória Indígena de Manaus (Foto: Alessandra Leite)
Diversidade e conflitos
Tradicionalmente formado por habitantes do delta do rio Orinoco, na Venezuela, o povo Warao é um grupo étnico bastante diverso no que diz respeito às suas formas de organização social e costumes, compartilhando uma língua comum, de nome homônimo, totalizando, atualmente, cerca de 19 mil indivíduos.
Essa diversidade dentro do povo Warao tem trazido alguns conflitos internos entre os moradores dos abrigos, que não compartilham da mesma cultura, segundo a coordenadora da Copime, a líder indígena Marcivana Sateré. “Existe também uma dificuldade de adaptação, porque o regime dos abrigos foge à nossa questão cultural, e alguns conflitos internos acabam ocorrendo. Trazê-los para o nosso convívio, além de retirá-los do isolamento, tem também o propósito de discutir situações como essa. Outro ponto importante é a questão da alimentação deles. São muitos pontos”, disse Marcivana.
Para os povos indígenas, conforme a coordenadora da Copime, os limites territoriais não existem e a discussão em torno do assunto sempre ocorre. “Nós discutimos muito com os que estão nas fronteiras. É bem difícil o entendimento disso. Nesse contexto também estão os parentes do Warao, que vêm de outra região (não fronteiriça) mas não deixam de ser indígenas”, pondera.
Para Marcivana, a ausência de políticas públicas para os indígenas de outras regiões é semelhante a sofrida pelos povos moradores de Manaus. “É uma invisibilidade total. É preciso criar essas políticas públicas, tanto para nós quanto para os parentes do Warao, pois todos temos direito à educação, à saúde, sem os quais não temos condições de manter viva a nossa cultura”, reivindicou.
Sobre a data comemorativa, a líder da Copime enfatiza a simbologia da luta e da resistência em torno do dia, criado em 1995 na busca pela garantia da autodeterminação e dos direitos humanos às diversas etnias indígenas do planeta. “Para além de uma data comemorativa, é uma data de luta e de resistência. Há 26 anos as nossas lideranças encampavam lá fora essa luta pelo reconhecimento dos direitos dos povos indígenas. É uma conquista de um reconhecimento dentro da própria ONU (Organização das Nações Unidas). Todos esses direitos adquiridos são importantíssimos, sobretudo neste nosso cenário político, pandêmico e social”, ressaltou.
Marcivana Sateré chamou a atenção para os retrocessos e ataques enfrentados todos os dias na Câmara Federal, com as “PECs da morte” (Propostas de Emenda Constitucional), que, nas suas palavras, vão de encontro à vida dos povos indígenas. “É também um dia para falarmos sobre essas lutas, nesse momento tão dramático da nossa história, para que não sejamos mais atacados como estamos sendo. O movimento indígena tem lançado essa campanha pelo direito à vida e, para termos direito à vida, precisamos do reconhecimento dos nossos povos, do respeito aos nossos territórios, precisamos parar com os retrocessos dos direitos que já estão garantidos”, enfatiza.
Além da feira de artesanato, o evento contou com apresentação musical, danças seculares e comidas típicas.