FCecon é escolhida para projeto nacional de prevenção de infecções hospitalares

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), foi selecionada para participar do projeto “Saúde em Nossas Mãos: Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”, do Ministério da Saúde (MS).

Durante dois anos, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de 204 hospitais selecionados em todo o Brasil serão acompanhadas por unidades de saúde que integram o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi/SUS), consideradas de excelência no país – sendo elas o Hospital Sírio-Libanês, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento, Hospital da Beneficência Portuguesa, Hospital do Coração e Hospital Alemão Oswaldo Cruz –, além de representantes do MS.

O objetivo é implantar ou aprimorar medidas voltadas à segurança do paciente, como o atendimento ao paciente com maior segurança; evitar infecções no ambiente hospitalar; e evitar desperdícios no Sistema Único de Saúde (SUS).

Na última segunda-feira (30/08), uma reunião on-line com o Ministério e representantes dos 204 hospitais marcou o início do projeto. No Amazonas, além da FCecon, o Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) e o Hospital Delphina Aziz participam do “Saúde em Nossas Mãos”.

Treinamento e suporte

Na Fundação Cecon, estão ligados ao projeto os profissionais de saúde da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e as equipes multiprofissionais que atuam nas UTIs adulto e pediátrica.

Ao longo de dois anos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas e médicos receberão capacitações e treinamentos presenciais e virtuais realizados pelo Hospital Sírio-Libanês, que dará suporte técnico à FCecon durante a execução do projeto.

Relatórios mensais auxiliarão no controle de indicadores de segurança do paciente. “Serão estipulados metas e prazos para alcançarmos. Cada hospital terá as suas, mas uma das metas gerais é reduzir em 30% as infecções hospitalares em dois anos”, disse a responsável pela CCIH/FCecon, enfermeira Glauciane Neves.

Intercâmbio

Na avaliação da coordenadora de enfermagem da UTI adulto da FCecon, enfermeira intensivista Simone Gaynett, a participação no projeto é uma oportunidade para aprimorar processos dentro da unidade e troca de informações com profissionais de outros hospitais.

“Com toda a equipe unida e focada nas melhorias dos protocolos propostos pelo Ministério da Saúde, iremos buscar alcançar as metas. É muito benéfica para toda a equipe multiprofissional a participação no projeto com intercâmbio com outro hospital”, disse a coordenadora.

Os primeiros treinamentos devem ocorrer já no mês de setembro.

Foto: Laís Pompeu/FCecon

Março Lilás entra para o calendário oficial do Amazonas

Lançada há poucos anos no Brasil, a campanha Março Lilás, alusiva ao combate ao câncer de colo uterino, entrou oficialmente para o calendário do Amazonas e veio para reforçar a importância da realização dos exames de rastreio da doença, segundo a presidente da Liga Amazonense Contra o Câncer (Lacc), enfermeira Marília Muniz. A neoplasia maligna, que é considerada 100% previnível, é o principal tipo de câncer em mulheres no Estado e deve registrar, em 2019, cerca de 840 novos casos, conforme projeção do Instituto Nacional do Câncer (Inca), subordinado ao Ministério da Saúde (MS).

O câncer de colo uterino é causado, em quase 100% dos casos, pelo vírus HPV, cuja transmissão ocorre durante as relações sexuais e, por isso, é considerado uma DST.

No último dia 11 de janeiro, o governo do Estado publicou em seu Diário Oficial (DOE), a lei 4.768, que institui a campanha no âmbito do Amazonas. A publicação foi assinada pelo governador Wilson Lima e outros dois secretários de Estado.

A Lei determina que o movimento seja comemorado anualmente e que tenha como símbolo um laço lilás. “A campanha tem por objetivo sensibilizar a população quanto à prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de colo uterino, orientação a respeito do adequado tratamento, bem como, o encaminhamento para as instituições de saúde públicas especializadas”, diz o texto.

No caso do Amazonas, além da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Estado (FCecon), a população também pode contar com unidades de saúde habilitadas para ofertar parte dos tratamentos assistenciais voltados ao combate ao câncer, como o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), da Ufam, e a Sensumed Oncologia, parceiros no reforço à Política de Atenção Oncológica, lembro Marília Muniz.

“Costumávamos trabalhar, em uma parceria entre ONGs e diversas instituições, a sensibilização da população feminina sobre os exames de prevenção e rastreio dos cânceres de colo uterino e de mama, durante a campanha Outubro Rosa. O movimento acontece há mais de uma década no Estado. Agora, teremos mais uma oportunidade de reforçar a necessidade de realização do exame preventivo (Papanicolau) para mulheres que já iniciaram a vida sexual. Através dele, é possível detectar as lesões pré-cancerosas e combatê-las, antes que elas evoluam para um câncer”, destacou Muniz, que tem mais de 20 anos de experiência na área.

Ela lembra que, além de fazer o exame, é importante que a mulher não deixe de buscar o resultado e de retornar ao seu médico, para a indicação de eventuais tratamentos. “Hoje, o câncer de colo uterino é um dos que mais matam mulheres no Estado. Precisamos mudar essa realidade, aliando informação de qualidade, ações de governo e o apoio da sociedade. Só assim conseguiremos reduzir a mortalidade e o número de casos no Amazonas”, assegurou.

Marília lembra que a Lacc e entidades como a Rede Feminina de Combate ao Câncer e o Centro de Integração Amigas da Mama (Ciam), têm trabalhado campanhas educativas importantes para a região, com alcance, inclusive, de municípios do interior, através de parcerias com as prefeituras. As ações são financiadas por doações da sociedade à Lacc, através do call Center 2101-4900 e do site www.laccam.org.br. “As contribuições também possibilitam a manutenção de inúmeros projetos sociais voltados para pacientes de baixa renda, que lutam contra a doença em Manaus”, concluiu.

Foto: Divulgação

FCecon adota sistema de classificação de risco para melhor atendimento

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), implantou no seu Serviço de Pronto Atendimento, o sistema de Classificação de Risco. O principal objetivo é identificar pacientes que necessitem de atendimento imediato, dando mais celeridade ao processo terapêutico de quem busca tratamento especializado no local. A unidade hospitalar é a primeira do Norte, na área de oncologia, a ter esse tipo de suporte em sua estrutura. “Além promover melhorias no cuidado com o paciente, a nova medida agrega mais qualidade à assistência”, frisou a diretora-presidente da instituição, engenheira biomédica Ana Paula Lemes.

Ana Paula explica que o protocolo é um dos vários processos implementados ao longo dos últimos meses, que contribuíram com a área assistencial e promoveram melhorias na gestão, reforçando a eficiência operacional e administrativa da instituição, que é referência em cancerologia na Amazônia Ocidental.

O sistema classifica os pacientes por cores e considera, principalmente, o quadro clínico e a gravidade dos sintomas apresentados pelos usuários. O modelo adotado pela Fundação foi adaptado com base no Protocolo de Manchester, usado em todo o País, para dar a cada paciente o atendimento mais rápido, priorizando quadros mais críticos.

O Pronto Atendimento da FCecon funciona 24 horas por dia. No serviço, foram adotadas três cores para a classificação: o amarelo (atendimento de urgência), o laranja (muito urgentes) e o vermelho (emergências).

A gerente do Serviço de Pronto Atendimento, médica Danielle da Silva Gomes, explicou que o protocolo da Fundação inclui três cores, baseando-se nas características e no perfil clínico dos pacientes oncológicos, que são diferentes de outros pacientes da rede assistencial.

Na prática, o protocolo funciona da seguinte forma: ao dar entrada no serviço, o paciente se identifica no balcão, com documento com foto e cartão da FCecon. Em seguida, passa pela triagem, geralmente conduzida por um profissional de enfermagem. Ele é quem definirá a gravidade do problema e indicará a classificação. Encerrando o ciclo, o paciente é encaminhando ao médico plantonista, que apontará a terapia indicada.

Outro fator analisado para a implantação foi o tempo de espera para cada atendimento. Ele está diretamente relacionado à gravidade do caso e à respectiva cor. “Por exemplo: para a cor vermelha, o atendimento é imediato, pois são casos em que há riscos à vida. No caso da cor laranja, a avaliação médica deve ocorrer em até dez minutos. Por último, a cor amarela, é indicada para os casos mais simples, cujo atendimento pode ocorrer em até 1 hora”, pontuou.

Para a adequação à Classificação de Risco, conforme a médica, o Serviço de Pronto Atendimento passou por uma reestruturação, que envolveu a contratação de novos profissionais, melhorias na ambiência, identificação das salas por cores, ampliação da largura das portas e expansão da sala de atendimento.

Para a adequação à Classificação de Risco, o Serviço de Pronto Atendimento passou por uma reestruturação com contratação de novos profissionais, melhorias na ambiência, identificação das salas por cores, ampliação da largura das portas e expansão da sala de atendimento

Humanização

Na recepção, os pacientes que aguardam por atendimento, assistem a um vídeo elaborado pela equipe técnica do setor, com o auxílio da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom). Nele, constam as orientações ao paciente sobre como funciona a Classificação de Risco, o tempo de atendimento e as cores para cada indicação. As medidas fazem parte do processo de ampliação da Política Nacional de Humanização (PNH) no âmbito do hospital, a qual envolve, principalmente, ações voltadas ao acolhimento.

Além de dar mais respaldo aos profissionais sobre as prioridades de atendimento, o processo também ajudará a gerar novos dados, através do sistema de gestão IDoctor, utilizado na fundação para a digitalização de prontuários e o registro do agendamento de consultas médicas multidisciplinares, entre outros. Os levantamentos serão utilizados para a criação de indicadores sobre o trabalho executado pela equipe do Pronto Atendimento da instituição.

Implantação

As discussões para a implantação da Classificação de Risco foram iniciadas em março deste ano, e envolveram vários setores interligados ao Pronto Atendimento, como os serviços de Clínica Geral, Supervisão, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Manutenção. Além da gerente do setor, participaram do processo a coordenadora operacional de enfermagem, enfermeira Shirley Monteiro, e a enfermeira e supervisora do setor, Edilane Porto Dias.

Para o início do processo, funcionários que atuam no Serviço de Pronto Atendimento, como médicos e enfermeiros plantonistas, receberam treinamento e orientação sobre a aplicação do protocolo na unidade hospitalar.

Fotos: Divulgação/FCecon

Paic-FCecon dará início a quase 50 novas pesquisas na área da oncologia

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (Fcecon) divulgou a lista com quase 50 novos projetos de pesquisa, classificados para a edição 2018-2019 do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic). O programa recebe o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam).

Os projetos foram formatados por alunos de diversas universidades públicas e privadas do Estado, com temas voltados à Oncologia. Alguns exemplos são: a relação de vírus oncogênicos com o desenvolvimento do câncer de pênis; análise do exame anatomopatológico de tireoide em hospital de referência em cancerologia; perfil de metástases em pacientes com câncer de tireoide; frequência de diversos tipos de HPV (Papiloma Vírus Humano) em tumores malignos de cavidade oral e orofaringe; e síndrome de Burnout em profissionais de cuidados paliativos.

Também serão abordadas temáticas como: a punção aspirativa por agulha fina guiada por ultrassonografia; sobrevida de pacientes femininas e masculinos com câncer no Amazonas; perfil imunohistoquímico de pacientes com metástases; qualidade de vida sexual dos pacientes com carcinoma de pênis; fungos associados às neoplasias pulmonares; avaliação de marcadores hematológicos em pacientes com tumores gástricos; avaliação nutricional de pacientes cirúrgicos com câncer gástrico, em uso de suplemento alimentar; HPV e o câncer de colo uterino e o perfil epidemiológico, clínico e de imagens dos pacientes submetidos à biópsia de mama na FCecon, entre outros.

O Paic/FCecon está na sua oitava edição. Com os 49 projetos, cujas pesquisas serão iniciadas em agosto, a instituição contabiliza 351 estudantes de nível superior inseridos na área científica. A diretora de Ensino e Pesquisa da FCecon, Kátia Luz Torres, explica que o Paic tem duração de 12 meses.

Os resultados parciais são apresentados após os seis primeiros meses de estudo e os finais, em agosto do ano que vem, durante a Jornada Científica da FCecon. Eles serão formatados como artigos científicos e poderão ser publicados em revistas e periódicos da área.

Muitos trabalhos desenvolvidos através do Paic já foram apresentados em congressos de peso no Brasil e no exterior. É um reconhecimento importante, pois conseguimos contribuir com a melhoria na assistência ao paciente com câncer. Isso também demonstra que estamos avançando cada vez mais, e abrindo as portas para quem tem interesse em ciência e oncologia”, destacou.

Lacc registra quase 40 mil auxílios no primeiro quadrimestre de 2018

A Liga Amazonense Contra o Câncer (Lacc) registrou, no primeiro quadrimestre deste ano, 39,8 mil auxílios de naturezas diversas, voltados ao bem estar de quem luta contra a doença. O grupo contemplado inclui moradores do Estado e de pelo menos outras 10 unidades da federação, que buscam atendimento especializado em Manaus, e precisaram do suporte da entidade de cunho filantrópico. O principal foco está nos pacientes de baixa renda.

Entre os projetos mantidos pela Lacc, estão: o fornecimento diário de lanches a portadores de neoplasias malignas em tratamento na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon); o custeio de aluguéis sociais; a destinação de kits de suplemento alimentar para pessoas que necessitam de dietas especiais durante a quimioterapia; a entrega de cestas básicas sortidas a famílias cadastradas com a ajuda do Serviço Social do Cecon; o pagamento de passagens fluviais e terrestres para quem vem do interior; o suporte às ações de prevenção e cuidados paliativos da Fundação Cecon, entre outros.

O presidente da ONG, mastologista Jesus Pinheiro, explica que, apesar do número significativo de auxílios, a entidade ainda precisa ampliar sua área de atuação, acompanhando a demanda crescente que busca o Amazonas para tratamentos multidisciplinares ofertados no Estado. Um dos principais objetivos, é colocar em funcionamento sua hospedaria, localizada na sede da ONG (rua Padre Manuel da Nóbrega, Dom Pedro, zona Centro-Oeste de Manaus), que está montada e mobiliada há dois anos, pronta para receber pacientes oriundos de outras localidades, mas não tem onde ficar. Para isso, é preciso aumentar em, pelo menos, R$ 100 mil a arrecadação mensal, de modo a arcar com os custos de limpeza, alimentação, lavanderia e manutenção em geral.

Hoje, a Lacc concede uma ajuda de custo, no valor de R$ 300, a pacientes cadastrados no programa de Aluguéis Sociais. Cerca de 40 ajudas foram destinadas, no primeiro quadrimestre deste ano, somando R$ 12 mil em recursos aplicados só nesse projeto.

Para ativarmos nossa hospedaria, adotamos um processo de sensibilização da sociedade, buscando adesão à causa. Lembramos que a doação de valores é fundamental para darmos prosseguimento a todos os nossos projetos sociais. E, sendo assim, buscamos ferramentas que facilitem a doação, tais como nosso portal na internet (www.laccam.org.br), que conta com a ferramenta PagSeguro; e o nosso call center (092- 2101-4949 e 4900), através do qual, é possível programar a doação. Também colocamos à disposição da população, nossa conta bancária, para transferências em tempo real (conta corrente 691017-3, agência 0482-0, Bradesco, CNPJ 044991820001-48). Toda ajuda é bem vinda, principalmente em tempos de crise”, frisou.

Jesus Pinheiro destaca que a ONG optou por divulgar, sempre que possível, os dados estatísticos da instituição, como forma de dar mais transparência ao processo de doação e aplicação de recursos. Além dos 40 aluguéis registrados no quadrimestre, a Liga Amazonense distribuiu cerca de 39,4 mil lanches matutinos na FCecon, forneceu 16 kits de suplemento alimentar (custo variando de R$ 168 a R$ 300, cada) e ajudou na aquisição de alguns materiais específicos para a unidade hospitalar.

Entre todos os nossos projetos, temos um carinho especial pelo Café da Manhã da Lacc, que, através de uma equipe de voluntários e profissionais da entidade, distribui, todos os dias, no ambulatório da FCecon, café com leite quentinho, pães e biscoitos para as pessoas que vão em jejum para o atendimento ambulatorial. É uma forma de trabalharmos o acolhimento e também de demonstrarmos amor ao próximo, reforçando que essas pessoas podem contar com a nossa solidariedade”, concluiu Pinheiro.

Bolsista da FCecon é aprovado em processo seletivo nacional da USP para curso de farmacologia

O acadêmico de farmácia Naydson Mores, bolsista do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic), da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), foi aprovado em processo seletivo nacional, para ocupar uma das 20 vagas no 24Curso de Inverno de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, vinculada à Universidade de São Paulo (FMRP/USP), uma das mais renomadas do País. O resultado é fruto do empenho durante a pesquisa, que teve início há nove meses na Fundação, abordando o uso de medicamentos orais para o controle da dor e procedimentos anestésicos.

O curso é realizado anualmente no período de 9 a 23 de julho e tem como objetivo apresentar técnicas utilizadas em pesquisa básica e farmacologia da USP. O treinamento é oferecido pelos alunos do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, o qual tem conceito máximo (sete) na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Durante a capacitação, também acontece o ‘5º Workshop do Curso de Inverno’, no qual Mores apresentará os resultados parciais do projeto ‘Perfil de consumo dos medicamentos psicotrópicos e entorpecentes de controle especial de uso oral’, por meio de resumo e banner. A pesquisa é desenvolvida sob a orientação da farmacêutica Celina de Jesus Guimarães, da FCecon, unidade da Secretaria de Estado de Saúde (Susam). O estudo contou com o suporte do Serviço de Farmácia da instituição, gerenciado pela farmacêutica Katyellen Freitas.

Celina Guimarães explicou que o projeto pertence à linha de pesquisa em Farmácia Hospitalar e Farmacologia, vinculada ao grupo de pesquisa em Oncologia Clínica. “É a primeira vez que essa linha de pesquisa é ofertada na Fundação. Então, foi o primeiro projeto submetido. E, pela primeira vez, um aluno também é aprovado para participar de um curso de capacitação na USP, que é referência educacional no País”, comemorou.

Estudante do 6o período de Farmácia da UniNorte, Mores está há nove meses atuando no Paic/FCecon. Ele explicou que o processo seletivo envolveu a análise do currículo lattes, desenvolvimento acadêmico e a participação em programa de iniciação científica. “Fiquei muito feliz com a seleção. Não acreditei. Pretendo aproveitar ao máximo o treinamento. Participar do programa me abriu os olhos para novas possibilidades na área de farmacologia. A experiência tem me permitido aprender sobre dispensação, fracionamento e manipulação de medicamentos, além de realizar a pesquisa”, pontuou.

Sobre o projeto

Celina Guimarães explicou que a pesquisa foi submetida à Dep/FCecon no início de 2017. A previsão é que o trabalho final seja defendido no mês de agosto deste ano. O projeto baseia-se na Portaria 344, do Ministério da Saúde (MS), que regula as substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial (tarja preta). O documento trata da dispensação ao paciente, comércio, transporte de medicamentos, entre outros. De acordo com ela, isso ocorre porque cada medicamento tem sua classificação, indicação, uso e dispensação.

Ao todo, foram analisados 35 medicamentos orais utilizados no controle da dor e em procedimentos anestésicos, entre eles, morfina, codeína, oxicodona, gabapentina e tramadol. Um dos objetivos é traçar um panorama dos fármacos dispensados pelo serviço de Farmácia da FCecon e, dessa forma, ajudar na otimização dos recursos financeiros usados na compra de medicamentos, além de identificar os fármacos mais administrados. Conforme Celina Guimarães, com o perfil das dispensações é possível direcionar o uso adequado dos medicamentos.

Paic/FCecon

Desenvolvido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), o Paic/FCecon é um programa que tem duração de 12 meses e é coordenado no âmbito do hospital pela Diretoria de Ensino e Pesquisa (Dep). Entre 2011 e 2018, a FCecon inseriu 302 universitários no meio científico. Anualmente, são disponibilizadas vagas para que estudantes de instituições de ensino superior submetam projetos às linhas de pesquisas oferecidas.

Foto: FCecon/Divulgação