Capacitação de profissionais que atuam no SUS garante qualidade no atendimento no Amazonas

A Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas) desenvolveu mais de 130 ações de treinamento e capacitação, ao longo de 2021, abrangendo cerca de 7,4 mil profissionais da saúde, prestadores de serviços assistenciais e administrativos no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde) no Amazonas – a maior parte do grupo, composta por enfermeiros.

De acordo com a enfermeira Karina Barros, presidente da instituição, considerada referência em enfermagem na região Norte, o cronograma é desenvolvido de forma colaborativa, com o objetivo de contribuir com a atualização de protocolos, garantindo, assim, um atendimento de excelência à população do Estado.

As atividades foram desenvolvidas pelo setor de T&D (Treinamento e Desenvolvimento), em parceria com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmet) e com o Setor da Gestão de Qualidade e Projeto da Segeam, abrangendo os colaboradores vinculados à instituição, lotados, atualmente, em 23 unidades de saúde de Manaus, incluindo maternidades e prontos-socorros que ofertam serviços de Urgência e Emergência na capital, Manaus, impactando diretamente no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

A secretária-executiva de Gestão de Pessoas da Segeam, enfermeira Adriana Macedo, destaca que o desenvolvimento de um cronograma tão amplo só foi possível a partir de um trabalho em equipe.

“Consideradas atividades de grande impacto no nosso planejamento, as Semanas da Enfermagem, ocorridas em 2020 e 2021, são exemplos do comprometimento do nosso corpo técnico, que participou em peso, de forma on-line, das palestras desenvolvidas para levar informações sobre atualizações nacionais e internacionais de procedimentos e abordagem ao paciente, além das novas diretrizes e notas técnicas adotadas pelas autoridades de saúde no Brasil”, assegurou Adriana Macedo.

E acrescentou que o trabalho educativo teve continuidade mesmo durante a pandemia, com treinamentos ofertados de forma híbrida (presencial e online), seguindo todos os protocolos de segurança e mantendo o foco na assistência de qualidade.

Capacitação no interior do Amazonas

A proposta da Segeam, para 2022, é credenciar novos cursos de capacitação na área da atividade-fim, junto ao Ministério da Saúde. Assim, será possível a oferta de treinamento tanto para os demais profissionais da saúde da capital que não associados à instituição, quanto para os que atuam em unidades de atendimento no interior do Amazonas, e que muitas vezes, não têm acesso às atualizações de forma rápida.

“Ampliar esse leque é de extrema importância para a manutenção e melhoria da qualidade no atendimento ao usuário da rede pública de saúde e auxiliar nesse processo será parte da nossa missão daqui para frente”, concluiu Adriana Macedo.

Foto: Divulgação

Os desafios da enfermagem no tratamento de pacientes graves com covid-19

As medidas adotadas pelas equipes de enfermagem, com o apoio de demais profissionais e gestores da saúde, têm ajudado a salvar vidas, especialmente nos serviços de Urgência e Emergência do Amazonas. Além do desafio de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, há também o da capacitação e atualização periódica para a melhoria da assistência, algo que ocorre de forma paralela às práticas de segurança ao paciente e ao trabalhador, explica a presidente da Associação Segeam (Sustentabilidade, Enfermagem e Gestão em Saúde), enfermeira Karina Barros.

O aperfeiçoamento dos protocolos de segurança, ocorrido desde o início da pandemia no Brasil, garantiu que grande parte dos profissionais não fosse contaminada durante a atuação em saúde.

No caso dos enfermeiros emergencistas, a realização ou suporte às entubações, reanimações de pacientes portadores de covid-19 e o frequente contato com secreções e gotículas de saliva (aerossol), além da prática de aspirar as vias respiratórias, colocam os profissionais de frente com o vírus, diariamente. Por isso, a insistência no uso contínuo de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e álcool em gel 70% antisséptico durante os plantões. 

“O face shield (viseira), por exemplo, impede que na hora da reanimação, na qual parte dos pacientes está em ventilação mecânica, a chuva de aerossol chegue até o profissional de saúde. Associado às máscaras, a proteção é ainda maior”, destaca.

Modalidades e classificação de risco

Entre as modalidades de pacientes recebidos nos serviços de Urgência e Emergência, estão: os clínicos, os traumáticos e os com covid-19. Há casos em que pacientes com covid se enquadram nas três categorias. Outra medida adotada com a chegada da covid-19, foi a adaptação do Protocolo de Manchester, conhecido popularmente como Classificação de Risco.

Uma derivação desse protocolo, que usa as cores para determinar a gravidade de cada paciente, e assim, a prioridade no atendimento, gerou as chamadas Salas Rosas, que contém sua própria subclassificação, conforme o grau de gravidade da Síndrome Respiratória Aguda (SRA). O tema foi abordado durante a Primeira Semana da Enfermagem Segeam, que contou com a participação de profissionais de diversas áreas de atuação.

Nota Técnica

Em março deste ano, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) emitiu mais uma nota técnica, com recomendações aos profissionais da enfermagem, durante a pandemia do novo Coronavírus, que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), em janeiro. A nota também reforça medidas educativas que visam minimizar os efeito da pandemia.

Na nota, a entidade destaca a relevância da Enfermagem na detecção e avaliação dos casos suspeitos, não apenas em razão de sua capacidade técnica, mas também por constituírem-se no maior número de profissionais da área da saúde, e serem a única categoria profissional que está nas 24 horas junto ao paciente.

E recomenda realizar a higiene das mãos antes e depois do contato com pacientes ou material suspeito e antes de colocar e remover os EPIs; evitar exposições desnecessárias entre pacientes, profissionais e visitantes dos serviços de saúde;  estimular a adesão e adotar as demais medidas de controle de infecção institucionais e dos órgãos governamentais (Ministério da Saúde, Anvisa e Secretarias de Saúde); apoiar e orientar medidas de prevenção e controle para o novo coronavírus (covid-19); reforçar a importância da comunicação e notificação imediata de casos suspeitos para infecção humana pelo novo covid); manter-se atualizado a respeito dos níveis de alerta para intervir no controle e prevenção deste agravo; estimular a equipe de Enfermagem a manter-se atualizada sobre o cenário global e nacional da infecção humana pelo novo Coronavírus (covid-19), por meio de fontes de informação oficiais; orientar e apoiar o uso, remoção e descarte de Equipamentos de Proteção Individual para os profissionais da equipe de enfermagem de acordo com o protocolo de manejo clínico para a infecção humana pelo novo Coronavírus (covid-19), conforme recomendação da Anvisa; realizar a limpeza e desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência pelos pacientes e equipes assistenciais, entre outros.

Confira a íntegra da nota: http://www.cofen.gov.br/cofen-publica-nota-de-esclarecimento-sobre-o-coronavirus-covid-19_77835.html

Foto: divulgação

Suporte psicológico ajuda profissionais da enfermagem no enfrentamento à pandemia de covid-19

Com a proposta de fornecer apoio psicológico durante o período de pandemia do novo coronavírus, a Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), criou um canal de diálogo com seus colaboradores – em sua maioria, profissionais da enfermagem -, para trabalhar o controle da ansiedade durante o exercício da profissão e também no pós-plantão. A psicóloga Francivânia Vieira, gerente do Núcleo de Educação Permanente da instituição, explica que a metodologia inclui o envio de material didático, dinâmicas e atendimento presencial, caso necessário.

O grupo é coordenado por ela e pela psicóloga Quézia Freitas, que atua no Ambulatório de Egressos da Secretaria de Estado da Saúde (Susam). De acordo com Francivânia, a medida foi adotada considerando a carga de estresse obtida por esses profissionais, que estão na linha de frente do combate à covid-19, cuja disseminação segue acelerada em vários países, inclusive no Brasil, conforme dados de instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A metodologia segue protocolos de psicologia e o Código de Ética da categoria e inclui recomendações como: procurar um lugar mais calmo, se possível, para alguns minutos de reflexão durante o dia; praticar exercícios respiratórios – principalmente ao acordar e na hora de dormir; buscar dialogar quando se sentir ansioso e utilizar a tecnologia a seu favor para não se sentir só, mantendo, assim, um contato permanente com o mundo externo (o uso de videochamadas é um exemplo neste último caso).

“Sabemos que não é fácil encarar uma pandemia. O trabalho desses profissionais tem sido essencial para salvar centenas de vidas no nosso Estado e eles merecem um tratamento especial, com todo o apoio necessário. Mas também sabemos que, ao sair do plantão, muitos deles sentem dificuldade em se desligar da realidade hospitalar. Tentamos ajudar ouvindo as experiências dessas pessoas, pois o equilíbrio psicológico é essencial para que elas não adoeçam e mantenham-se firmes nessa missão assistencial”, destacou.

O acesso ao serviço de atendimento criado pela Segeam se dá através dos coordenadores das equipes de cada unidade de saúde onde os colaboradores atuam, a exemplo de prontos-socorros e maternidades públicas.

Protetor facial

Fracivânia explica que a Segeam tem adotado outras medidas de suporte ao controle da disseminação do coronavírus e proteção de seus colaboradores. Um exemplo é a aquisição de mil protetores faciais, que estão sendo entregues, desde a semana passada, aos profissionais de enfermagem contratados pela empresa, durante seus plantões.

Os EPIs (equipamentos de proteção individual), denominados ‘Face Shield’, impedem, por exemplo, que haja a contaminação de enfermeiros por gotículas de saliva que sejam eventualmente expelidas por pessoas com covid-19.

Foto: divulgação

Faculdade de São Paulo oferece pós em Gerontologia e Geriatria

A Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo oferece o curso de Pós-graduação (lato sensu) em Enfermagem em Gerontologia e Geriatria. O público-alvo são enfermeiros.

O objetivo é que o aluno tenha condições para prestar assistência de enfermagem de qualidade, fundamentada em conhecimentos científicos ao idoso em seu processo de envelhecimento biopsicoemocional promovendo qualidade de vida; prestar assistência de enfermagem humanizada ao idoso no processo de saúde e doença nos diferentes níveis de atenção (desde a atenção básica à alta complexidade); e desenvolver o pensamento crítico e a tomada de decisão.

As inscrições podem ser feitas até 31 de julho de 2018.

Informações: http://www.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/cursos-graduacao/2012-11-06-12-45-05/enfermagem-em-gerontologia-geriatria