Fiocruz traz conferência internacional sobre Ciência, Tecnologia e Inovação

A Fiocruz traz de 13 a 15 de fevereiro para o Rio de Janeiro a reunião anual da Comunidade Global de Tecnologia Sustentável e Inovação, a G-Stic, que pela primeira vez será realizada nas Américas. E como a Fundação é a principal co-anfitriã, a saúde ganha um grande destaque na G-Stic Rio.

Nomes como o de Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Qu Dongyu, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), ambos on-line, e Nísia Trindade Lima, ministra da Saúde, presencialmente, reúnem-se na ExpoMag para discutir o tema Por um futuro equitativo e sustentável: soluções tecnológicas inovadoras para uma melhor recuperação pós-pandemia.

“A Fiocruz, como principal organizadora desta edição, reforça sua participação em âmbito global na discussão de tecnologias e inovações sustentáveis, com uma visão de destaque para a saúde”, explicou Mario Moreira, presidente interino da Fundação.

Para Moreira, a realização da conferência no continente confere uma ênfase especial à questão das desigualdades globais e regionais em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

“Essa tem se revelado uma das fragilidades da capacidade internacional de articulação de resposta e preparação para emergências sanitárias. Equidade e sustentabilidade apresentam-se, nesse aspecto, como outros elementos definidores dessa capacidade”, acrescentou.

A lista de participantes reúne outros nomes de peso, como Macharia Kamau, diplomata queniano que foi o enviado especial da ONU para Implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados até 2030; Amandeep Singh Gill, enviado especial do secretário-geral da ONU para Tecnologia; e Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para Covid-19. A lista segue com a ativista indígena Samela Sateré-Mawé e a princesa belga Marie-Esmeralda, presidente do Fundo Leopoldo III para a Conservação da Natureza, entre outros. A Fiocruz participa ainda com integrantes como o próprio Moreira; Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde; e Mauricio Zuma, diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

“O mundo está diante de um grande desafio: a reconstrução pós-pandemia em bases sustentáveis, respeitando a equidade e a inclusão. E para fazer frente a esse processo, o grande referencial é a Agenda 2030, com os ODS”, explicou Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 (EFA 2030) e à frente da organização da G-Stic Rio.

A conferência lida justamente com essa questão: pensar em como garantir tecnologias eficazes e sustentáveis visando os ODS. Gadelha lembrou que, apesar da proximidade de 2030, a grande maioria desses objetivos está longe de ser cumprida.

“O desafio que temos é como CT&I podem modificar esse cenário, quebrar assimetrias, garantir o acesso às tecnologias, em processos inclusivos. A pandemia nos deu exemplos disso, como nas vacinas contra Covid-19, que foram produzidas rapidamente, mas que ficaram inacessíveis à maioria da população”, avaliou.

Inicialmente capitaneado pelo instituto de tecnologia belga Vito, que mantém peso significativo no evento, a G-Stic reúne um conjunto de instituições com representações em todas as regiões do mundo. A entrada do Brasil em 2018, por meio da Fiocruz, deu uma relevância ainda maior para o tema da saúde, o que fica claro na programação de fevereiro.

“Um dos ativos únicos da G-STIC é sua perspectiva multissetorial e orientada para o futuro em CT&I. A G-Stic analisa clusters de tecnologia e identifica soluções que contribuem substancialmente para alcançar os princípios da Agenda 2030 e os ODS. Ela reúne partes interessadas de organizações multilaterais, governos, indústria, atores privados, sociedade civil e academia”, disse Dirk Fransaer, diretor-geral da VITO.

“Em sintonia com essa abordagem, a G-Stic Rio reconhece os princípios de solidariedade e ‘trabalho conjunto’ do relatório do secretário-geral da ONU Nossa Agenda Comum como fundamentais para acelerar a implementação dos ODS. A CT&I têm o potencial de catalisar o envolvimento da comunidade nesse processo. A próxima edição do G-STIC no Rio de Janeiro trará esse conceito de integração, solidariedade e multilateralismo entre setores, partes interessadas e países em um interesse comum”, acrescentou.

As sessões do evento se dividem em seis temas: Saúde, Educação, Água, Energia, Clima e Oceanos. Em Saúde, Bio-Manguinhos está organizando mesas sobre vacinas e imunização. O painel Desafios e Perspectivas para a produção local, nos dias 14 e 15, será dividido em quatro sessões que trarão especialistas como James Fitzgerald, diretor do Departamento de Sistemas e Serviços de Saúde da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas); Lieve Fransen, consultora sênior do Centro Europeu de Políticas em Saúde; Carla Vizzotti, ministra da Saúde da Argentina; e Tiago Rocca, vice-presidente do Conselho de Membros de Fabricantes de Vacinas para Países em Desenvolvimento (DCVMN); além de representantes de instituições internacionais de renome na área como Wellcome, CEPI e Medicines Patent Pool, OXFAM e MSF, entre outros.

Essa agenda tem como objetivo discutir fatores críticos de sucesso para produção local de vacinas em países em desenvolvimento, endereçando os desafios e perspectivas em relação a demanda e fornecimento, financiamento e perspectiva global em relação à propriedade intelectual e acesso.

As discussões envolverão os desafios sistemáticos de pesquisa & desenvolvimento e produção local de vacinas, abrangendo: desafios de saúde tendo em conta o cenário epidemiológico, doenças emergentes e reemergentes, experiências de financiamento da inovação e prontidão para respostas a emergências, os desafios de desenvolvimento de capacidades e financiamento da produção local, e equidade e acesso para assegurar a vacina e a vacinação para todos.

A conferência

Esta é a sexta edição da G-Stic. Considerada a maior conferência global de Ciência, Tecnologia e Inovação para aceleração da Agenda 2030, ela acontecia na Bélgica desde seu início, em 2017. Para aumentar a sua capilaridade, passou a ser realizada em outros países, acontecendo em 2022 durante a Expo Dubai. A Fiocruz, que participa como coanfitriã desde 2018, sugeriu então que a edição de 2023 ocorresse no Brasil.

A G-STIC é organizada em conjunto pela Vito (organização belga de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento sustentável) e sete outros institutos de pesquisa sem fins lucrativos: Fiocruz, CSIR (Conselho de Pesquisa Científica e Industrial, África do Sul), Giec (Instituto de Conversão de Energia de Guangzhou, China), Gist (Instituto de Ciência e Tecnologia de Gwangju, Coreia do Sul), Nacetem (Centro Nacional de Gestão de Tecnologia, Nigéria), Teri (Instituto de Energia e Recursos, Índia) e SDSN (Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas).

No Brasil, a G-Stic Rio conta com o patrocínio master da Petrobras, Pfizer e Fiotec e com o patrocínio das empresas Aegea, IBMP, Instituto Helda Gerdau, Klabin, Sanofi, GSK, Enel, Engie, The Rockefeller Foundation, RaiaDrogasil e Firjan, além do apoio do Instituto Clima e Sociedade.

A programação pode ser conferida site da G-Stic Rio

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Manaus participa de novo estudo fase 3 de antiviral que avalia potencial contra transmissão da Covid-19

O novo estudo na Fase 3 MOVe-AHEAD (MK-4482-013) do antiviral oral experimental molnupiravir, da farmacêutica americana MSD (Merck Sharp & Dohme, ou Merck & Co. nos Estados Unidos), como profilaxia pós-exposição para evitar a transmissão da Covid-19 em pessoas que moram com indivíduos recentemente diagnosticados com a doença, será realizado simultaneamente em diversos países e, no Brasil, incluirá a capital do Amazonas, Manaus, e mais seis cidades.

O molnupiravir será testado também em São Paulo (na Capital e em São José do Rio Preto, no interior do Estado), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Ijuí (RS), e Campo Grande (MS). Mais informações de como participar podem ser obtidas em http://msd.com.br/estudo013/.

O medicamento, que está sendo desenvolvido pela MSD em colaboração com a Ridgeback Biotherapeutics, atua impedindo a replicação do vírus e tem potencial de ação em diversos vírus RNA, incluindo o SARS-CoV-2.

Recentemente, a MSD divulgou os resultados interinos de Fase 3 do estudo MOVe-OUT (MK-4482-002), no qual molnupiravir foi usado como tratamento nos primeiros cinco dias de sintomas e demonstrou redução de aproximadamente 50% do risco de hospitalização ou morte em pacientes adultos não hospitalizados com Covid-19 leve a moderado.

“Como a pandemia continua a evoluir com novas variantes e, surtos estão sendo relatados em muitos lugares ao redor do mundo, é importante que investiguemos novas maneiras de prevenir que indivíduos expostos ao vírus desenvolvam a doença”, afirma Luis Filipe Delgado, diretor de Pesquisa Clínica da MSD Brasil. “Se for comprovada sua eficácia e segurança, molnupiravir pode fornecer uma opção adicional importante para reduzir o impacto da Covid-19 em nossa sociedade”, completa.

Ainda segundo o médico, as vacinas são essenciais na prevenção e, se for bem-sucedido, molnupiravir tem o potencial de ser utilizado como profilaxia pós-exposição, auxiliando no combate à pandemia.

Estudo Clínico

O estudo incluirá voluntários que tenham, no mínimo, 18 anos e que não tenham tomado a vacina contra Covid-19 ou tenham recebido apenas uma dose do imunizante nos últimos seis dias. Também precisam morar com uma pessoa que tenha testado positivo para Covid-19 e apresente pelo menos um sintoma da doença como febre, tosse ou perda do paladar ou do olfato e não pode estar hospitalizada, além de outros critérios específicos exigidos no protocolo de pesquisa.

O ensaio envolverá mais de 1.300 participantes ao redor do mundo que serão randomizados para receber molnupiravir (800 mg) ou placebo por via oral a cada 12 horas por cinco dias.

Com 130 anos, a MSD está presente no Brasil desde 1952, com divisões de Saúde Humana, Saúde Animal e Pesquisa Clínica. Além do Brasil, o estudo clínico também está sendo conduzido em países como Argentina, Colômbia, França, Guatemala, Hungria, Japão, México, Peru, Filipinas, Romênia, Rússia, África do Sul, Espanha, Turquia, Ucrânia e Estados Unidos.

Metodologia

Atualmente a classe científica considera padrão-ouro estudos clínicos com algumas características que os tornam mais confiáveis e precisos. E o Estudo clínico global que acaba de iniciar é multicêntrico, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo.

Um estudo multicêntrico ocorre de forma simultânea, por meio de um mesmo protocolo, em diversas instituições. Considerado capaz de abranger uma maior diversidade da população, sendo assim, aumentar a representatividade da amostra do estudo e, consequentemente, conferir um maior “poder”, já que seus resultados podem ser aplicáveis à população em geral.

O ensaio clínico randomizado é o tipo de estudo experimental mais frequentemente usado em pesquisa clínica. Os pacientes são alocados aleatoriamente para diferentes grupos dentro da pesquisa. Esse tipo de estudo é o padrão-ouro para determinação de eficácia de um medicamento ou vacinas.

O método duplo-cego, ou dupla ocultação, ocorre quando nem o paciente e nem o pesquisador sabem se receberam o medicamento ou placebo. O mascaramento (duplo-cego) é um dos princípios fundamentais para se evitar o viés na pesquisa, já que tanto pesquisadores como participantes podem ter noções preconcebidas, assim como esperanças e expectativas de que novas intervenções sejam mais benéficas que as antigas ou que o placebo.

Quanto ao termo controlado por placebo, significa que um grupo (de intervenção) vai receber o tratamento que se quer testar e o outro (controle) receberá placebo, para avaliar a segurança e eficácia da terapia em estudo.

A MSD está em contato com órgãos técnicos competentes para definir, caso os resultados de segurança e eficácia se confirmem, a melhor forma de acesso à população. O modelo de distribuição está sendo estudado e ainda não foi definido.

Para obter mais informações sobre os dois ensaios clínicos de molnupiravir, visite https://www.clinicaltrials.gov: estudo MOVe-OUT (MK-4482-002) – NCT04575597 e estudo MOVe-AHEAD (MK-4482-013) – NCT04939428 0

Foto: Pixabay (Reprodução)

Anticorpos contra a Covid-19 podem ser transferidos aos bebês pelo leite materno

Na finalização do ‘Agosto Dourado’, campanha que reforça a importância do aleitamento materno tanto para as mamães, quanto para seus bebês, a ciência apontou mais um benefício dessa prática. Pesquisa recente desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) e conduzida pelo Hospital das Clínicas, vinculado à instituição, mostrou que a amamentação pode ser uma arma contra a Covid-19, já que as lactantes imunizadas contra a doença produzem anticorpos que são transferidos aos recém-nascidos através do leite materno.

Mais um ótimo motivo para estimular a amamentação dos pequenos. Sobre o aleitamento, a enfermeira obstetra da Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), Anne Santos, explica que o ideal é que o bebê seja alimentado até os seis meses, exclusivamente, com o leite materno, prática que dispensa, inclusive, a ingestão de água pelos pequenos. Isso porque, o leite materno é o alimento mais completo e saudável para crianças nessa idade, ajudando no fortalecimento da imunidade.

Além disso, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, recomenda a amamentação da criança até os dois anos de idade ou mais, sendo até os seis meses de forma exclusiva.

“Mas, cada caso é um caso e vai depender muito da realidade de cada família. O ideal é que sejam introduzidos, aos poucos, alimentos sólidos, que complementem a amamentação após os seis meses de idade. Mas, há casos em que as mães trabalham fora, e não conseguem manter a amamentação por um período maior”, destaca Anne Santos.

Para estimular a prática, a Segeam, principal prestadora de serviços especializados de enfermagem obstétrica ao SUS (Sistema Único de Saúde) no Amazonas, participou ativamente da programação desenvolvida pela SES-AM (Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas), nas maternidades estaduais situadas em Manaus e também no Instituto da Mulher Dona Lindú.

Além de orientar sobre as boas práticas do aleitamento, os profissionais da Associação realizaram a segunda edição da campanha ‘Doe um Pote’, para a doação de potes de vidro com tampa de plástico à instituição. Os itens serão entregues, em data a ser definida, às maternidades que mantém em suas estruturas, os chamados ‘bancos de leite materno’, que ajudam as mamães que não podem amamentar seus recém-nascidos por motivos diversos, a alimentá-los com leite materno, combatendo, assim, a desnutrição e prevenindo outros problemas de saúde.

Pesquisa

Outro dado importante revelado pelo estudo da USP/Hospital das Clínicas é que a segunda dose do imunizante resultou em um incremento de anticorpos e mesmo meses após a aplicação da vacina, eles ainda se faziam presentes no leite materno.

Uma informação de extrema importância, haja vista que no Brasil, o número de pessoas completamente imunizadas ainda é tímido, não chegando aos 30%. As lactantes que fizeram parte da análise haviam recebido as doses da vacina Coronavac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan (SP), em parceria com o laboratório chinês Sinovac. 

Foto: Divulgação

Primeiro evento-teste será realizado em setembro na Arena da Amazônia

Uma sequência de evento-teste será realizado a partir do mês de setembro, no podium da Arena da Amazônia. Após seis meses de estudos e coleta de dados, a Associação de Entretenimento do Estado do Amazonas (Asseeam), apresentou proposta ao Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Covid-19 do Governo do Estado e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP),  que aprovou a proposta no último dia 13, após criteriosa análise e ajustes no projeto. 

A proposta prevê que todos os participantes estejam vacinados com ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Eles e a equipe que estará trabalhando na organização serão testados 48 horas antes do evento. Se o resultado seja positivo, a pessoa será impedida de participar. A FVS-RCP deve ainda monitorar todos por até duas semanas. 

“Todo mundo que estiver envolvido no evento deverá estar vacinado com ao menos a primeira dose e deverá estar esperando a data para tomar a segunda dose. Quem estiver com a segunda dose atrasada não vai poder participar. Outro detalhe importante é que a pessoa deverá ter tomado a primeira dose 15 dias antes do evento”, afirma o presidente da Asseeam, Gerson Sampaio. 

Sampaio ressalta, ainda, que o setor foi o mais afetado pela pandemia, e depois da ampliação e celeridade no processo de vacinação, diminuição dos casos confirmados, diminuição no número de mortes e internações por covid, o setor consegue enxergar a possibilidade de retomar gradativamente suas atividades. 

“Nós do setor de entretenimento estamos há mais de 15 meses parados. Fomos os primeiros a parar nossas atividades, logo após a confirmação dos primeiros casos da doença aqui em Manaus, e estamos sendo os últimos a retomar. Nesse período, muitos estabelecimentos decretaram falência e não mais conseguirão retornar. Milhares de pessoas perderam seus postos de trabalho, passaram necessidades. Então, neste momento em que a vacinação tem avançado no Estado, os números de casos confirmados, de mortes e de internações diminuíram consideravelmente, colocando o Estado do Amazonas com um dos melhores índices no combate ao Covid-19, conseguimos elaborar essa proposta, apresentamos ao governo e aos órgãos de saúde e conseguimos a autorização para realizar estes eventos-teste”, complementa.

O governador do Amazonas, Wilson Lima destacou que a realização do evento só será possível devido à ampliação da imunização em todo o Estado. “A gente conseguiu avançar muito na questão da vacinação aqui no Amazonas e isso é uma condicionante para que a gente possa voltar a normalidade de nossas vidas. Agora em setembro, vamos fazer um evento teste com 3 mil pessoas e estamos trabalhando com a CBF a possibilidade da realização de um jogo da seleção brasileira em Manaus, com público”, afirmou o governador. 

Estrutura

O podium da arena será dividido em três setores diferenciados pelas cores vermelha, amarela e azul. A entrada individual será feita de acordo com cada setor. O palco ficará no meio do setor de cor amarela. Os outros dois setores ficarão em lados opostos. A proposta prevê ainda que as mesas sejam substituídas por cabines.

“Todos os protocolos de segurança serão seguidos rigorosamente durante o evento. Na entrada, a pessoa terá que apresentar a carteira de vacinação em dia e deverá estar fazendo o uso correto de máscara. Teremos equipes em cada entrada para aferir a temperatura, assim como colocaremos diversos totens com álcool em gel espalhados pelo local. O distanciamento social também será cumprido”, finaliza Gerson. 

Calendário

Ao todo, devem ser realizados cinco eventos-testes em Manaus, as datas estão sendo definidas e o cronograma completo deverá ser divulgado na terça-feira (31).

Foto: divulgação

‘Infecção cruzada’ em ambiente hospitalar pode ser evitada com adesão a protocolos de biossegurança

Ambientes com risco de contaminação biológica, como é o caso da maioria das unidades hospitalares, são também propícios ao que especialistas chamam de ‘contaminação cruzada’. Ela pode ocorrer quando um visitante, paciente ou profissional, transporta e/ou transfere micro-organismos de fora para dentro dos hospitais, e vice-versa. De acordo com a enfermeira da Associação Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam), Hanna Carvalho, estudos recentes apontam que esse tipo de situação ocorre com uma frequência de 13% a 34,3% dentro das unidades de saúde, mas pode ser evitada através de medidas simples, focadas em protocolos de biossegurança.

Segundo a supervisora do Programa Pé Diabético, coordenado pela Segeam em unidades públicas de saúde vinculadas à Secretaria de Estado da Saúde (SES), é importante explicar, inicialmente, que a infecção cruzada é um tipo de infecção hospitalar, a qual é adquirida após a admissão do paciente em instituição de saúde. “Ela pode se manifestar durante a internação ou após a alta médica e, pela sua gravidade, e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbimortalidade, caracterizando-se assim como problema de saúde pública”, frisou.

Uma das maiores formas de disseminação de micro-organismos, atualmente, em unidades hospitalares, ocorre através da infecção cruzada, com propagação de agentes que são nocivos à saúde, durante os cuidados voltados aos pacientes, executados por profissionais de saúde. “Por isso, a adoção de protocolos como o de higienização das mãos, uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), de limpeza de superfícies, esterilização de equipamentos e materiais e o correto descarte de perfurocortantes (seringas e bisturis etc), é tão importante, e deve ser redobrada atualmente, já que estamos enfrentando uma pandemia mundial”, assegurou Hanna Carvalho.

Outro ponto levantado pela especialista é a reciclagem profissional, com foco no conhecimento e atualização de medidas que reduzam os riscos de transmissão de organismos como vírus e bactérias, além da correta prática clínica. “O conhecimento sobre os vários riscos de transmissão é fundamental para o controle das infecções hospitalares. No caso da infecção cruzada no ambiente clínico, a qual ocorre através do contato de ‘pessoa para pessoa’, pelo ar, ou, por meio de objetos compartilhados, há de se esclarecer como isso pode ser evitado”, esclareceu.

Limpeza e desinfecção

No contexto da pandemia da Covid-19, ela explica que, por ser o coronavírus um agente altamente transmissível, o contágio ocorre a partir de tosse, espirros e gotículas de saliva, por exemplo. Além de atingir diretamente indivíduos próximos, o vírus pode acabar depositado em superfícies, o que exige uma limpeza frequente dos ambientes.

“Destacamos a importância da limpeza dentro desse contexto, além dos cuidados pessoais. Limpar e desinfectar os ambientes corretamente, seguindo as normas e protocolos preconizados, é imprescindível. Os enfermeiros também devem atentar para a importância da orientação aos pacientes e acompanhantes durante a internação, reforçando as medidas de prevenção, especialmente, a de higienização das mãos e uso de máscaras faciais”, mencionou a enfermeira.

De acordo com ela, o check list e a promoção dessas medidas fazem parte das atribuições de enfermeiros, mas também devem ser disseminados por todo o corpo profissional das instituições de saúde, tratando a questão da forma mais abrangente possível e inserindo as medidas na rotina hospitalar.

Foto: Reprodução

Pandemia reforça preocupações com o hábito de fumar

Por César Augusto*

A pandemia do novo coronavírus veio reforçar o alerta quanto aos danos que pessoas doentes podem ter agravados por conta do tabagismo. Isso decorre por conta da irritação provocada pelas substâncias presentes no cigarro. “Elas afetam a pele que reveste a região da faringe e laringe, provocando um processo inflamatório crônico”, explica o otorrinolaringologista Cícero Matsuyama, do Hospital CEMA, de São Paulo.

Os danos à garganta podem comprometer a fala, causar alterações de deglutição e motricidade de toda essa região anatômica, e isso inclui não somente o cigarro, mas também o charuto, cachimbo, narguilé e similares. O processo irritativo pode ainda favorecer o aparecimento da Covid-19, tendo em vista que o fumante passa por diversos processos inflamatórios no aparelho respiratório e pode, ainda, desenvolver quadros mais graves. “A infecção pelo vírus SARS-COV2 é basicamente devido a dois princípios, a de uma pneumonia viral que pode ocasionar uma pneumonia bacteriana secundária gravíssima; e uma vasculite que pode atingir tanto vasos de pequeno calibre como de grande calibre, daí o perigo de tromboses e embolias”, explica Matsuyama. “A pessoa tabagista já possui lesões inflamatórias pulmonares, então é fácil entender que com um processo de pneumonia, seja viral ou bacteriana, associada a uma vasculite, o risco de evolução para complicações graves é evidente e frequente”, acrescenta.

Cícero Murayama, otorrinolaringologista do Hospital CEMA

Entre os diversos tipos de produtos da indústria tabagista, o grau de risco chega a ser relativo. Segundo Murayama, o cigarro comum tem inúmeras substâncias cancerígenas em sua constituição, por isso a preocupação para doenças mais graves. “Mas, o fumo utilizado no narguilé, cachimbo e outros por vezes tem constituição desconhecida, que pode variar de acordo com a origem da sua produção, ficando difícil uma padronização para possíveis avaliações científicas do perigo da aquisição de doenças originadas nestes diferentes tipos de tabagismo”, afirma.

Apesar da queda apontada no número de fumantes no país – 46% entre 1989 e 2010, segundo o Ministério da Saúde – com papel importante das campanhas de conscientização sobre os efeitos nocivos do tabagismo, principalmente o Dia Mundial de Combate ao Cigarro, em 31 de maio, a continuidade desse trabalho é imprescindível. Entretanto, há uma falsa impressão de que o tabagismo está em queda ou em desuso pela população em geral. Conforme o otorrinolaringologista, uma das razões talvez seja o convívio das pessoas com tabagistas, principalmente no momento de descontração, de lazer e relaxamento, e principalmente por causa do negacionismo das pessoas por nunca admitirem que elas potencialmente podem ser vítimas de patologias oriundas do ato de fumar.

“O tabagismo é um ato que acompanha a civilização humana há centenas de anos, e seria muito inocente pensar que campanhas antitabagistas seriam eficazes somente com 30 a 40 anos na mídia escrita ou eletrônica”, declara. Para ele, a eficiência dessas medidas deveria ser diária, vinculada nas várias formas de mídia, com orientação rigorosa nas escolas, tanto em cursos do ensino fundamental, médio e superior como nos canais de tv aberta ou nas emissoras de rádios, em uma luta constante e persistente.

A frequência tem um papel importante no desenvolvimento de doenças mais graves causadas pelo cigarro. “Quanto mais se fuma, maiores as chances de que a pessoa tenha enfermidades, como tumores na garganta”, detalha o especialista do CEMA.

Atualmente, o total de adultos fumantes no Brasil fica em torno de 12,6%, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). “A luta contra o tabagismo é feita há décadas. Houve muito progresso, mas tenho notado um crescente aumento do hábito de fumar em pessoas mais jovens. Então fica a mensagem que as leis são importantes, mas as orientações sobre os malefícios do tabagismo devem ser constantes. Só dessa forma conseguiremos diminuir um hábito tão agressivo ao corpo humano”, resume Matsuyama.

“Estudos demonstram que quanto mais se fuma, maiores as chances de complicações decorrentes do tabagismo, porém o que se tem observado é que existe uma predisposição importante pessoal na aquisição destas complicações”, atesta o médico. “Então, observamos pessoas que fumaram durante a vida, com uma frequência muito grande, apresentando tumores em todo trato respiratório ou enfisemas pulmonares, mas também em pessoas com doenças graves que fumaram somente em momentos de lazer ou passivos, é lógico numa frequência bem menor, mas ela não é totalmente nula”.

Foto principal: Rogério Uchôa / Agência Pará

Foto do médico: Divulgação

*com matéria da assessoria de comunicação

Sesc AM oferece tratamentos que auxiliam na recuperação pulmonar de pessoas que tiveram Covid-19

Uma das sequelas mais frequentes deixadas pela Covid-19 é o comprometimento respiratório. Para auxiliar na recuperação destes pacientes o Sesc Amazonas está oferecendo atendimentos de fisioterapia pulmonar e treinos específicos na academia, para pessoas que contraíram a doença.

A Academia Sesc oferece exercícios voltados para o fortalecimento muscular, condicionamento cardiorrespiratório, hipertrofia de músculos atrofiados devido a imobilidade adquirida durante a doença, além da recuperação das capacidades de coordenação.

A encarregada do Departamento Físico Esportivo do Sesc AM, Roberta Nascimento, ressalta a importância das atividades físicas especificas para esse público. “O exercício físico é fundamental para a recuperação e prevenção da Covid-19. Nosso time de professores está qualificado e preparado para atender esse grupo de alunos com muita atenção e cuidado, com treinos e acompanhamentos  específicos, visando o tratamento”, disse.

O tratamento fisioterápico engloba técnicas que podem ser preventivas ou curativas e tem como objetivo mobilizar secreções, melhorar oxigenação do sangue, promover reexpansão pulmonar, diminuir o trabalho respiratório e reeducar a função respiratória.

A fisioterapeuta Joelma Damazio, destaca que outros pacientes também podem se beneficiar com a fisioterapia respiratória. “Esse conjunto de exercícios tem por objetivo reabilitar o paciente que teve alguma lesão pulmonar. Mas se estende para demais patologias respiratórias, como asma, bronquite, pneumonia e também aqueles pacientes que necessitam fazer um condicionamento da musculatura respiratória”, explicou.

A Clínica de Fisioterapia e a Academia Sesc ficam localizadas na Unidade Sesc Balneário (avenida Constantinopla, 288, bairro Planalto), possuem uma estrutura com equipamentos modernos, professores certificados e estão seguindo todas as recomendações do Ministério da Saúde no combate a Covid-19. Para mais informações a respeito de valores e horários ligue (92) 2121-5362 – Academia Sesc/ (92) 3656-2400 – Clínica de Fisioterapia Sesc.

Foto: Sesc AM/divulgação

“A melhor tática é apostar em todas as vacinas”, afirma Miguel Nicolelis

Para o neurocientista, as autoridades não devem descartar nenhum imunizante que está sendo desenvolvido para conter o avanço do novo coronavírus

Considerado pela Scientific America um dos 20 cientistas mais influentes do mundo, o neurocientista Miguel Nicolelis comparou a busca pela vacina contra o novo coronavírus a uma corrida de cavalos. Para ele, não se pode descartar nenhuma hipótese entre as medicações que estão sendo pesquisadas. Coordenador do Comitê Científico do Consórcio do Nordeste, Nicolelis participou nesta quinta-feira (29) da videoconferência (webinar) “Cérebro, o criador do universo e a Comunicação”, transmitida pela In Press Oficina, e falou sobre ciência, o funcionamento do cérebro e fake news.

“Acredito piamente que a vacina é o grande trunfo que vamos ter para reduzir a taxa de transmissão. A vacina é como corrida de cavalos. Tem 15 cavalos na raia e você de antemão não sabe que cavalo vai ganhar. A melhor tática é apostar em todos. Enquanto ela [vacina] não vem, em teoria teríamos que manter o que funciona, o isolamento”, afirma o Nicolelis.

Em confinamento no seu apartamento em São Paulo desde o início da pandemia, o neurocientista crê que o Brasil falhou desde o início, principalmente por ignorar os avisos externos e minimizar a gravidade da doença. “É a maior tragédia humana da história do Brasil num único evento. Nos deparamos com um sistema e instituições que negaram a gravidade da pandemia. Perdemos a guerra no começo”, diz Nicolelis.

A pandemia colocou o planeta na maior crise dos últimos 100 anos e, segundo ele, comprovou a fragilidade do modelo adotado pela sociedade moderna. “Estamos vivendo momentos épicos da história. Um pacotinho nanométrico de gordura e proteína, com um filete de RNA dentro, pôs a humanidade de joelhos, a ponto de estarmos enfrentando a maior crise econômica, maior que a depressão dos anos 30”, compara.

Entretanto, a vulnerabilidade do sistema não foi o único responsável pelas milhares de mortes causadas pela Covid-19. Nicolelis crê que a disseminação de fake news em larga escala contribuiu decisivamente para ampliar o alcance da pandemia.

“É por isso que muita gente morreu na pandemia. Nós estamos precisando de uma vacina num momento que o jornalismo sério e profissional sofre os maiores ataques da história. Esse processo acelerou com a criação de mídias de massa que permitem que essas notícias se espalhem. O cérebro é mais propenso à fake news do que verdades. E esse é o grande problema do mundo atual”, avalia.

Na mesma direção, a sócia-diretora da In Press Oficina, Patrícia Marins, resume em poucas palavras o cenário criado pelo coronavírus: “a pandemia é também uma crise de confiança, uma guerra de narrativas e desencontros”.

Participaram da entrevista a sócia-diretora da In Press Oficina, Patrícia Marins; a Diretora de Curadoria e Novos Produtos, Miriam Moura; e a Diretora de Relacionamento com o Poder Público, Fernanda Lambach.

O cérebro como criador do universo

Professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos, Nicolelis é autor do livro “O Verdadeiro Criador de Tudo – Como o Cérebro Humano Esculpiu o Universo como Nós o Conhecemos”, no qual propõe que o cérebro humano é o verdadeiro criador do universo.

“Para o universo ter significado ele precisa de um intérprete. Não sabemos se existe outra forma inteligente, a nossa melhor escolha para o centro do universo é a mente humana. A brainet é o mecanismo que permitiu criar os grupos sociais mais produtivos. Mitos, deuses, sistemas políticos e dinheiro vêm da mente humana. Nós vivemos imersos na nossa criação”, explica.

Diante dessa teoria de que o cérebro é o centro do universo, Nicolelis defende que a inteligência artificial jamais será capaz de superá-lo. “Dar um download nas nossas memórias e deixar num DVD nunca vai acontecer, porque as memórias são analógicas e depositadas nas sinapses dos neurônios”, diz.

Defensor de uma sociedade matriarcal, como ele mesmo se definiu, o neurocientista ainda fez um contraponto ao historiador e filósofo israelense Yuval Harari, autor do best-seller internacional “Sapiens: Uma breve história da humanidade”, que aborda desde a evolução arcaica da espécie humana na idade da pedra, até o século XXI.

“A minha visão de mundo do Yuval é completamente diferente. Eu gostei muito do Sapiens, achei que ele fez um trabalho muito bom de simplificar ideias complexas. Mas acho que ele cometeu alguns erros de análise e visão, como quando ele diz que os impérios eram inevitáveis. Eu discordo frontalmente. Inclusive eu quero a volta do matriarcado do neolítico superior”, sintetiza Miguel Nicolelis.

Fotos: Reprodução Videoconferência
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Einstein faz nova remessa de doações para cerca de 600 aldeias indígenas e mais de 130 hospitais públicos e filantrópicos

Para apoiar o trabalho de profissionais de saúde no atendimento de pacientes com o novo coronavírus, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein irá doar R﹩ 40 milhões em Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) – que compreendem máscaras de proteção N95 e protetor facial (face shield) – e álcool gel a 138 hospitais públicos e filantrópicos do país.

Serão beneficiados hospitais de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe. Também serão doados EPI’s e álcool gel para profissionais de saúde que atuam, através de 5 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), em cerca de 600 aldeias indígenas no Mato Grosso.

Os produtos doados foram adquiridos pelo Einstein como parte da sua preparação para o combate à pandemia em São Paulo. A distribuição destes materiais e a escolha das unidades beneficiadas considerou, além da necessidade e número de funcionários, a evolução da doença, o número de leitos e internações nos diferentes municípios brasileiros.

A ação, que conta com o apoio logístico da DHL, tem início previsto para segunda quinzena de agosto com a saída de 51 carretas de São Paulo e deve durar um mês.

Outras doações

Desde o início da pandemia, o Einstein recebeu de uma rede de doadores recursos financeiros, materiais e equipamentos totalizando R﹩ 42,6 milhões, que foram integralmente transferidos para ações junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) e comunidades carentes.

Na primeira remessa, no mês de abril, para os estados do Amazonas, Pará e Ceará, foram R﹩ 4,1 milhões destinados à distribuição de EPI’s e álcool gel

Do total, mais de R﹩ 36 milhões foram destinados à ampliação e melhoria da infraestrutura de unidades públicas de saúde públicos geridas pelo Einstein em São Paulo – como respiradores e outros equipamentos médicos. Entre os beneficiados estão o Hospital M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, o Hospital da Vila Santa Catarina – Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, a UPA Campo Limpo e o Hospital Municipal de Campanha do Pacaembu. Ainda na capital paulista, foram entregues 50 mil kits de higiene para a prevenção da Covid-19 e cerca de 25 mil cestas básicas aos moradores da comunidade de Paraisópolis e regiões da Vila Andrade e Campo Limpo, na zona sul.

As doações fazem parte do compromisso Einstein no apoio ao sistema público de saúde por meio da transferência de práticas, conhecimento e recursos que contribuam para a qualidade do atendimento oferecido à população.

Foto: Divulgação|Einstein

ONU lança versão brasileira de site de combate à desinformação durante pandemia

Com o objetivo de aumentar o volume e o alcance de informações precisas e confiáveis sobre a covid-19, o site ‘Verificado’ disponibiliza conteúdo inteiramente em português e pode ser acessado pelo endereço compartilheverificado.com.br.

“Não podemos ceder nossos espaços virtuais para aqueles que publicam mentiras, medo e ódio”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao anunciar a iniciativa. “Desinformação é divulgada online, em aplicativos de mensagem e de pessoa para pessoa. Seus criadores usam produção e métodos de distribuição maliciosos. Para combater isso, cientistas e instituições como as Nações Unidas precisam alcançar pessoas com informação acurada, na qual possam confiar. “

O site Verificado é liderado pelo Departamento de Comunicação Global (DCG) da ONU e traz dados, orientações e números relacionados ao novo coronavírus vindos de fontes seguras e confiáveis, graças a parcerias feitas pelas Nações Unidas com agências, influenciadores, sociedade civil, empresas e organizações de mídia.

“A internet tem uma influência poderosa, assim como a televisão. Quando há fontes de informação fortes e conflitantes, em quem a pessoa vai acreditar e como ela chegará a uma conclusão firme? Eu acredito que o site Verificado assegura ao mundo que as Nações Unidas se mantêm como uma fonte de informação independente e confiável, por meio do seu Departamento de Comunicação Global”, disse Kimberly Mann, diretora do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio de Janeiro).

A plataforma oferece conteúdo verificado sobre a covid-19 em três temas: ciência – para salvar vidas; solidariedade – para promover cooperação local e global; e soluções – para defender o apoio a populações impactadas. Os leitores também podem se cadastrar para receber as novidades do site por e-mail e se tornar “voluntários de informações”, compartilhando dados e orientações confiáveis com suas redes de amigos e familiares.

“Em muitos países, a crescente desinformação em canais digitais está impedindo a resposta de saúde pública e provocando instabilidade. Há esforços inquietantes de explorar a crise para avançar nativismo ou atingir grupos minoritários, o que pode piorar na medida em que a pressão aumenta nas sociedades e instabilidades econômicas e sociais entram em cena”, afirma a sub-secretária-geral da ONU para Comunicação Global, Melissa Fleming.

O site Verificado é realizado em colaboração com a Purpose, uma das maiores organizações de mobilização social do mundo, e tem o apoio da Fundação IKEA e da Luminate. Além disso, o projeto também conta com o apoio de articulação da Nexus.

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